quinta-feira, 1 de junho de 2017

Etapa 340 - Na pista do meu avô materno - O Pai Luís

      Depois de na etapa de ontem me ter encontrado com meu Pai, de ter falado com ele e de o ter feito rir, quero também ser agradável para com meu avô materno, o Pai Luís, homem que sempre admirei, que me educou e me ajudou e que me suportou desde os meus 9 meses até aos meus 14 anos e mais 9 meses, foram 14 anos completo, sob sua responsabilidade, aos cuidados da minha tia São, mais velha do que eu 6 anos, não esquecendo minha avó Blandina, minha tia Ana, )falecida aos seus 18 anos), o tio António e o tio Joaquim, estes, no Céu brasileiro, seguramente que rogam a Deus por mim.

      A reportagem da etapa de hoje vai ser curta e simples pelo seguinte:
     Quando estava com a reportagem da etapa praticamente concluída, na qual até já tinha referenciado os santos do dia, quando ia dizer que não conhecia oração dedicada aos já referidos santos, eis que todo o texto escrito me desapareceu do ecrã, não sei o porquê, mas nunca tal me havia acontecido, ficou apenas o título e número da etapa. Assim, e porque o tempo que neste dia me resta é pouco, vou dentro do  possível abreviar.

      Tinha estabelecido conversa com meu avô,  Deus ter-lhe-há permitido escuta-me,  não vou repetir o que disse tal como desejo, poderei no final da pista, ao cortar a meta ter atingido o objectivo, mas as passadas para lá chegar já não são as mesmas. Para muitos dos meus amigos, o que aqui digo poderá ser novidade, para meu avô é uma repetição daquilo que eu mais ele já havia-mos falado.
      As mentiras esquecem-se mas as verdades lembram sempre, é ou não é assim! Pai Luís? recordas-te avô do muito porque nós os dois passamos?  as cantigas que me ensinastes e que as contava-mos os dois quando andava-mos de noite a regar, e também, quando de noite, no moinho esperava-mos que os grãos do milho ou do centeio se transformassem em farinha? que bem cantavas tu e que lindas eram essas cantigas, esqueci-me de tantas... que pena... olha; uma era a cantiga do linho, assim; "Nasceu o linho debaixo da água - Anda sempre regadinho - Assim meus olhos com lágrimas - Parecem irmãos do linho"  refrão; Gira que gira, Fiando o linho, Fuso de lira- Gira mansinho". Se quiseres que te recorde outras, com tempo eu lembro-me! Mas olha, tu gostavas tanto da Moleirinha, tantas vezes a cantavas, mas nunca era completa, não sabias a letra toda, agora eu já a sei, é uma cantiga de Guerra Junqueiro, do ano de 1888, também já a cantei para 2 das minhas netas, e na etapa de amanhã, se tiver tempo, os meus dedos no teclado marcam o ritmo e ao reproduzindo a letra, eu canto para ti. "Pela estrada plana, toque, toque, toque...". 

      Contaste-me que, na guerra em França, na Primeira Grande Guerra onde andastes, o teu colega (Aníbal Augusto Milhares), na batalha de Lá Lys, se tornou herói, quando com muita coragem e astúcia, por iniciativa própria, tomos posição e foi guarda costas dos soldados portugueses e ingleses, quando iam em retirada, causou às tropas inimigas grandes baixas e poupou muitas vidas às tropas aliadas. Por esse feito, viste em França o teu colega ser condecorado, e que, a partir daí, ele passou a ser conhecido por; soldado milhões. Também me lembra teres-me contado que ele era um soldado como tu, que era homem solteiro e tu eras casado e eras pai de uma menina, a que veio a ser a minha mãe, que nasceu no dia 8 de Novembro de 1917, quando já tu estavas na guerra.

      Avô, lembra-me também teres-me contado que tu, e um outro teu colega, quando tomaram conhecimento de que iam avançar para Lá Lys, para enfrentar as tropas inimigas, face ao perigo que previam, combinaram arranharem-se um ao outro, em locais do corpo onde os braças de cada não chegavam e, arranhados foram ao Hospital, o médico, não sabendo as causas deu-vos baixa, e assim, quando se deu a grande batalha, que tu e o teu colega estavam internados. Grande proeza! salvar a própria vida é outra maneira de ser herói.

      Por hoje, vamos ficar por aqui, porque também ando meio perdido. Amanhã de tarde vou até Nespereira, poderá ser que ainda de manhã lhes dê os bons dias. Até amanhã.

      Os santos de hoje são: São Justino, Mártir e Santo Aníbal Maria Di Francia, presbitero
      Justino, nasceu na cidade de Flávia Neápolis, na Samaria no ano 103, tinha origem latina e seu pai chamava-se Prisco. Era muito culto, era missionário filosofo, que além de falar, escrevia. Levado a julgamento, como não se dobrou às ameaças, foi decapitado com outros companheiros no ano 164, em Roma - Itália.
      Anibal, filho de nobres de aristocracia siciliana, nasceu na cidade Italiana de Messina no dia 5 de Julho de 1851. Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o Pai dos órfãos pobres. morreu no dia 1 de Junho de 1927, o seu corpo foi sepultado no Templo da Regação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Anónio de Pádua, fundado por ele, em Messina.

      Orações, não conheço.

     

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