terça-feira, 18 de outubro de 2016

Etapa 114 - A quem interessa as poupanças dos portugueses?

      Uma das minhas ocupações de ontem foi de ir ao Banco, (Caixa Geral de Depósitos) confirmar a data de vencimento de uma conta depósito a prazo, que a Igreja - Capela da Quinta do Picado, lá possui e, para a sua renovação, saber quais as taxas agora em vigor, trazer se possível, impressos para levar assinados pelo senhor Padre, principal representante do titular, mas todas as minhas perspectivas me saíram goradas, porque; os depósitos a prazo por seis meses, seja qual for o montante, presentemente não são remunerados e, os depósitos a prazo por um ano, ou seja; de 360 até 366 dias, a taxa de remuneração é apenas de 0,10000%. Perguntei por alternativas e do que me disseram, não há nada que satisfaça e que se adapte à nossa situação.

      Nestas circunstâncias e porque se trata de valores que foram angariados por uma comissão, junto dos habitantes deste lugar, numa recolha de donativos, de maneira a criar um fundo de maneio, com vista à construção de uma Igreja, processo que se vem arrastando, talvez devido à situação do país que, seja por isto ou por aquilo, afecta e condiciona todas as boas vontades. 

      Neste meu reparo, não tenho presente só o interesse da Igreja, que no caso, é o que me fez movimentar, mas tenho em conta a avaliação que, até sem o ter pensado,  faço da situação do meu país. Já vivi tempos que, em governo socialista, chefiado pelo Dr. Mário Soares, os bancos pagavam juros a taxas superiores a 30%, ouvi oferecerem aos emigrantes, para lhes caçarem o dinheiro, taxa de 34%. Era uma loucura, tal como será loucura agora, a taxa 0. É um país parado, e parado não tem futuro. Ninguém é dono de nada e, aquele que pensa que é dono de alguma coisa, está enganado, não consegue sustentar o que pensa que tem, e nem se sustenta a si próprio. Há tantos que nunca fizeram nada, que nunca foram patrões nem empregados, que vivem a explorar os que trabalham,  os que trabalharam, e os que se sacrificaram, e até se atrevem a dizer, e dizem, que defendem os explorados.

      Há tantos portugueses que foram emigrantes, que fazendo vida de escravos, amealharam o que lhes foi possível, para regressarem ao seu país, na esperança de, com algum rendimento, aliado a uma pensão, pequena que fosse, passarem um fim de vida tranquilo, deparam-se com uma situação de desespero e a serem cada dia mais pobres. Que triste situação, e que saudades eu tenho daquele tempo, do tempo em que, os portugueses confiavam e tinham esperança na social democracia, na democracia do Dr. Sá Carneiro. Nesse tempo, até eu quis ser social democrata e fui autarca. Perdão, porque já me alonguem demasiado.

      O santo de hoje é: São Lucas, Evangelista
      ( + Roma, 1775) "Exercia a profissão de médico em Antioquia, quando foi convertido por São Paulo, que o chama de"médico bem amado". Acompanhou-o o Apóstolo dos Gentios em várias viagens missionárias e esteve com ele no cárcere. Possuía sólida cultura cientifica e literária, tendo escrito o terceiro Evangelho e os Atos do Apóstolos. Segundo uma antiga tradição, foi pintor e deixou um retrato da Santíssima Virgem. Não se conhece com certeza como foi o término. Embora uma tradição autorizada assegure que foi mártir, um documento do século III diz que morreu de morte natural aos 74 anos de idade, solteiro e virgem, com a alma cheia do Espírito Santo".

      Oração: - Ó Deus que lhe escolhestes São Lucas para revelar em suas palavras e escritos os mistérios do vosso amor para com os pobres, concedei aos que já se gloriam do vosso nome, perseverás num só coração e numa só alma e a todos os povos do mundo ver a vossa salvação.
      Por vosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho na unidade do Espírito Santo. Ó Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal, nos conduza a vida eterna, Amém.
                      São Lucas evangelista, rogai por nós.
      

     
      

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