quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Etapa 122 - à procura das origens de Nespereira

      É minha intenção falar aos amigos sobre a minha terra, gostava saber divulgar toda a beleza e todo o encanto que aquelas paisagens me transmitem, mas foram poucos os anos que ali passei, e os que foram, eu era catraio, sem tempo para brincar, nem para conviver com colegas da minha idade, os quais, bem me atraiam. Muito desejava eu saber coisas da nossa Nespereira, da minha Nespereira de outros tempos, de tempos antes da nossa nacionalidade, e até também de tempos antes de Cristo. Os caminhos, com trilhos desgastado, como eu os recordo, são indícios de muitos milhares de anos.

      A Nespereira de agora, tem muitos dos seus naturais que, bem mais instruídos e mais capazes, comungam deste meu ideal, e é graças a eles, à sua persistência e ao seu esforço, que já há muita história escrita em enciclopédia livre, que pode ser consultada. Foi ai que encontrei alguns elementos históricos, os quais divulgo aos meus amigos, em especial àqueles que não conhecem Nespereira, que não conhecem a minha terra, da qual me orgulho.

      Nespereira é vila, e também, noutros tempos, já tinha sido vila e sede de concelho, tem uma área de, aproximadamente, 36 Km2, o censos da sua população, que no ano de 1864 era de 2.497, foi crescendo, sempre crescendo, que no ano de 1950 atingiu 3.766, e a partir daí, foi sempre a decair, ao ponto que, no ano de 2011, era de 1.977. 
      Vi também que, alguém interessado em pesquisar as origens de Nespereira, se deparou com as normais dificuldades, e na falta de elementos fidedignos, vamos pela imaginação, e por isso, vejo que há quem sustente que, o nome terá tido origem na árvore que dá o fruto nêspera, outros porém, sustentam que, o tal nome, se terá ficado a dever porque, um fidalgo, na altura, dominante no julgado de Sanfins e instalado lá para o mosteiro de Alpendurada, se terá enamorado duma bonita mulher, chamada Inês Pereira, nascida e residente nesta freguesia, terra reguenga, na posse de nobres e fidalgos dominantes nos séculos XIV e XV. Nesse tempo, este lindo vale terá servido de guarida ao dito fidalgo, afeito a andanças entre Alpendurada e todo o julgado de Sanfins mas, com paragem nesta localidade. Contam também que, a existência de povoamento, parece inferir-se dos topónimos Pedra Posta, Pedra e Cova da Moira, esta com indícios de galerias artificiais e que pertence à cultura dolménica. Por outro, povos pré-celtas levantaram fortificações castrejas no morro do castelinho, recordadas nos povoados adjacentes de Castro radical aos Áravos e Grou, lugar a recordar o povo germano-celta dos Gróvios.

    Os romanos lançaram-se na exploração agrícola, organizando diversos núcleos fundiários, documentados nas "vilas", no Paço do superintendente senhorial, na Mó, ou no lugar dos Moinhos e na pequena ponte sobre a ribeira da Assureira, hoje quase soterrada devido à estrada de Ervilhais. A tradição e as lendas falam da presença muçulmana, além dos nomes como Alqueve e Marvão.
                                            (por hoje, paro e voltarei amanhã.)

      O santo de hoje é: Santo Evaristo, Papa e Mártir
      ( + Roma, séc. I) "Foi o quinto Papa da história, tendo sucedido a São Clemente I. Segundo o antigo "Liber Pontificali, era de origem grega mas nasceu na Antioquia, e sofreu o martírio durante o reinado do imperador Trajano, perto do ano 100. Foi sepultado no Vaticano, junto ao Apóstolo São Pedro".
      Oração: -  Deus, que concedestes ao Papa Santo Evaristo a graça do Magistério Romano, permiti que, pela sua intercessão, sejamos sempre fiéis ao Papa e aos senhores Bispos a ele unidos.
      Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


     

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