quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Etapa 185 - Mas que galga eu lancei monte abaixo

      A etapa de hoje foi de visitação a alguns dos meus bons e melhores amigos e neste percurso de meditação cumprimentei Laurentino Pinto,  o qual encontrei no seu sobe e desce da vida, parece que estava mesmo à minha espera, já desde as 12,02 horas do dia 9 deste mês corrente e confesso que o seu sobe e desce da vida me desperta interesses e me delicia. São interessantes os seus contos, memórias que ele testemunhou, e tocou-me forte essa daquele que era morador na Feira, que certo dia, andando ele ao mato no Monte de Além, fez rolar essa enorme pedra, que segundo conta o meu amigo, só parou num dos campos cimeiros da quinta do Cadafaz, e só parou depois de esfolar um quadril a uma vaca que andava a pastar.

      Este acontecimento tocou-me seriamente, porque tendo eu, em catraio cometido um ato semelhante, do qual até sentia vergonha, tenho agora razões para pensar que afinal, também há homens que são imprudentes e cometem pecados e, os meus, eu pecador me confesso: 

      Certo dia, também andava eu no Monte de Além com o gado, era garoto e na  escola estava de férias grandes, era hábito juntar-me, lá no monte com outros colegas, mas naquele dia, ainda os outros não tinham chegado. Algumas outras vezes vi os colegas lançarem galgas e, naquele dia, estava num local bastante acima da estrada, já  pouca distância do Nicho e próximo do sítio onde se, dobrando o alto se ia para Traz da Serra, encontrei um grande pedra, que seria quase quadrada, de grosso entre os doze a quinze centímetros e pensei que bela galga, pu-la ao alto, alinhada  com o espaço aberto e foi só dr-lhe um leve empurrão. Aquela galga (pedra) começou  saltar monte abaixo, eu de onde estava via a estrada e apercebi-me do perigo e da asneira que tinha feito, senti alivio quando vi que a pedra galgou a estrada em momento que não passava ninguém, vi também que mesmo que alguém passasse, não tinha havido acidente, a galga passou muito pelas alturas e eu, depois de  ter deixado de ver, durante alguns minutos ouvia o estrondo dela quando tocava o chão, depois deixei de ouvir e veio o silêncio, não sei onde foi parar. O certo é que, desde esse dia e até hoje, isto foi segredo que mantive, não só pela vergonha desta imprudência, mas também com medo de ter lesado alguém.

      O susto e a vergonha silenciosa, que sempre escondi, foi tão forte, que brincadeiras assim, comigo presente, nunca mais se repetiram. Obrigado Laurentino, por me ter ajudado a confessar, que Deus me dê o perdão deste pecado que humildemente confesso
 
     O santo de hoje é: Santos Inocentes, Mártires
      Neste dia a Igreja recorda os meninos inocentes de Belém e arredores, de idade inferior a dois anos, os quais, conforme o relato do Evangelho, foram arrancados de suas mães e assassinados cruelmente, por ordem de Herodes. Embora não tivessem uso da razão, morreram por Cristo Jesus, e por isso a Igreja os honra com o título de mártires. Em nossos dias, assistimos a uma nova matança dos inocentes, desta vez ... é triste reconhecê-lo ... tantas e tantas vezes perpetradas pelas próprias mães desnaturadas! De facto, em que consiste o aborto voluntariamente provocado? Consiste, pura e simplesmente, no assassinato do filho pela própria mãe. O feto, ou seja, o ser humano desde o momento da concepção até o do nascimento, é um ser distinto de sua mãe. Eliminar o embrião, seja em que fase for do seu desenvolvimento, é um assassinato que viola os direitos humanos. Ora, com toda a naturalidade se vai disseminando a prática pecaminosa do aborto, consagrada e protegida pelas legislações! E em alguns casos são legalmente punidos médicos ou enfermeiros católicos que em consciência se recusam a participar desses crimes!
 
      Até breve.


 
      

Sem comentários:

Enviar um comentário