segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Etapa 204 -Quando chegou a luz eléctrica à Quinta do Picado

      Tendo eu feito parte no ano de 1999 da Comissão de Festas deste lugar, com o cargo de tesoureiro, fui incumbido e eu acedi escrever um livrete em formato A4, dedicado às festividades em honra dos nossos santos, contendo factos informativos, históricos e sociais, e que servisse também para a introdução de anúncios publicitários de empresas, o que veio  a  acontecer e teve bastante êxito. Para iniciar a etapa de hoje, fui buscar a esse livrete um excerto, que por sinal está de acordo com o tema (As Origens do Lugar da Quinta do Picado) que venho desenvolvendo, o qual, há muito tempo me desperta interesse, mas que naquele ano, (1999), eu só tinha interrogativas.
 
Eis o excerto que ali fui buscar: 
      Quando e como chegou a luz eléctrica à Quinta do Picado
      O lugar da Quinta do Picado foi o primeiro na freguesia a dotar-se de luz eléctrica e, mesmo no nosso concelho, a nível de aldeias, se não o primeiro, terá sido ao mesmo tempo que o lugar de Cacía a sortir-se desse precioso bem. Já havia luz na cidade de Aveiro, quando em 1933, um grupo de conterrâneos, emigrados na América, se juntaram a outros aderentes, formaram uma Cooperativa e, pelos seus próprios meios e a expensas suas, conseguiram trazer a luz eléctrica para a Quinta do Picado. Foi também no nosso lugar que se fundiram os primeiros postos em cimento, os primeiros no país . Eram fundidos na eira do Ti Manel Ferreiro, eira essa que se situava junto ao Largo do Panelo,(na bifurcação da rua Direita com a rua dos Louros) e dali, eram levados em carretas, que os homens iam arrastando penosamente por caminhos, carreiros e terras até aos locais de destino, deixando a luz à porta de cada associado. Só cerca de 4 anos mais tarde, o lugar de Bonsucesso, associado com o lugar de Verdemilho, também em associação, levaram para lá a luz, e ainda, anos mais tarde é que a luz chegou ao lugar de Aradas.
      O contador e cobrador dessa Cooperativa, foi o senhor Manuel Nunes da Rocha, pai da Dª. Lurdes Rocha, da Aurora Rocha e Eva Rocha, (já todas falecidas, sendo que, por coincidência, a mais velha das irmãs, a Lurdes Rocha, faleceu neste passado dia 7, (Sábado), está defunta e o seu funeral realiza-se hoje pelas 16 horas). Era este senhor que, de porta em porta ia fazer a contagem do consumo, e depois de contas feitas, ia fazer a cobrança.
      Se reflectirmos um pouco pelo passado, por algo que conhecemos acerca da viveza deste povo e por histórias que os mais interessados vão sacando, vimos que na busca de melhores condições de vida, esteve sempre a força de vontade e a união das pessoas. Um dia, já muito distante no tempo, fui a casa de um senhor amigo, pessoa que eu já considerava madura, para lhe pedir um colete que ele ainda tinha do fato do seu casamento, era para eu o usar no Ranho Folclórico. (Era ele o senhor José Ratola). Ele estava adoentado, estava na cama mas a trabalhar em assuntos da Igreja, conversamos e ele contou-me memorias que ouviu a seus antepassados que; a Quinta do Picado e a Quinta do Leitão, faziam parte de uma grande área pertencente a um senhor que tinha duas filhas, as quais as casou, uma com um Senhor de nome Leitão e a outra com um senhor de nome Picado, que este senhor Picado teve audácia e engenho, que com pessoal demarcou a sua área, desbravou matas e silvados, e fez da sua Quinta o jardim onde vivemos. O Leitão, que a sua Quinta , na continuação da do sr. Picado se estendia para os lados da Légua e Moitinhos, não teve os mesmos cuidados. Ainda está na memória de muitas pessoas o nome de "Quinta do Leitão", pois há cá uma rua de tem ou tinha o nome de Rua da Quinta do Leitão, que era por onde as pessoas de cá lhe tinham acesso, que muita gente ainda sabe qual e onde, à qual, agora lhe chamam rua da Genial, quanto a mim é errado, porque contribui para a perca da sua verdadeira identidade.

       Não sei como e porquê haveria de ser eu a desvendar e a interessar-me por isto, estarei a cumprir algo que me foi destinado? 
                                                             Malmequer 
                                           Desfolhei, com paciência, um malmequer,
                                           Que tanto desejava conhecer;
                                           E tentando desvendar o ignorado,
                                           Consegui, mesmo sem nada merecer.
                                                                  ___ . ___
                                           Pétala, a pétala perguntei, para saber,
                                           A pobre flor me deu o resultado,
                                           E tendo assim o caso terminado,
                                           Não restava mais nada para fazer.
                                                                  ___ . ___
                                           Bem quisera obter outra resposta, 
                                           Tão igual ao amor de quem se gosta,
                                           Um "bem-me-quer" neste ruim desfolhar; 
                                           Mas confuso, é pouca sorte a minha,
                                           Pois, na última pétala só tinha,
                                           Um "mal-me-quer" saído por azar. 
 
      O santo de hoje é: São Marcelo I, Papa e Mártir
      ( + Roma, 309) "Dedicou-se à reorganização da Igreja após a terrível perseguição de Dioclesiano. Foi exilado pelo imperador  Maxêncio e obrigado a trabalhar como escravo em sua própria Igreja, a qual fora transformada em estábulo. Morreu em consequência de maus tratos recebidos".
 
      Oração:  Não tenho nem encontrei a jeito algo que deva indicar, pelo que, cada pessoa poderá rezar e fazer as suas respectivas orações.
   
     

    


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