segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Etapa 211 - Meditações - 2

      No silêncio das minhas meditações sobre as origens do nosso lugar, (Lugar da Quinta do Picado), interrogo-me: Como terá sido a administração desta Quinta, que sendo pertença da Igreja, foi  repartida em fracções, e passou para posse dos seus feitores?

      Para alguém poder falar verdade seria necessário estudar e fazer investigações, pelo que me limito apenas e só a ficar por convicções, Estas e outras que por este meio venha a acrescentar são minhas e apenas minhas.

    A Igreja não está, e não sei se em algum tempo esteve vocacionada para administrar bens comerciais, industriais e agrícolas. Pelas convulsões que sempre existiram entre os povos, isso seria mesmo impossível. A história diz-nos que, numa primeira fase, "já no reinado de D. José surgiram bastantes dificuldades, devidas principalmente às acções do seu ministro "Sebastião José de Carvalho e Melo",  (Marquês de Pombal) com o restabelecimento do beneplácito régio houveram perseguições, expulsões, reformas,  declaração da inquisição, tribunal régio e etc. 

      Aconteceu até que, na noite de 30 de Agosto do ano 1756, após um banquete oferecido ao Corpo Diplomático, dá ordem ao padre Diogo de Mendonça para sair de Lisboa no escassíssimo prazo de três horas. Era-lhe fixada residência numa Quinta que possuía em Aveiro. Mais tarde seria deportado para Mazagão, e viria a morrer num cárcere em Peniche. O sequestro aos bens da Igreja ocorreu no ano de 1959, o núncio protestou mas, o processo, terminou pela expulsão do núncio e com a rotura de relações com o Vaticano.
      Numa segunda fase, nos princípios do século XIX, o liberalismo e o laicismo, que já campeavam na Europa, inclusive em Portugal, a Igreja foi continuamente ameaçada de ser expulsa da vida pública. A maçonaria, a secularização da vida social e a espoliação dos bens da Igreja foram-se processando gradualmente, sobretudo e apesar da Carta Constitucional de 1822, as relações entre o Estado Português e a Santa Sé estiveram suspensas. O Papa extinguiu o nosso padroado. A crise veio  atenuar-se depois, o exercício do padroado da coroa portuguesa volta a ser restabelecido, mas a implantação da República provoca uma nova e grave crise nas relações entre a Igreja e o Estado, as quais vieram a cessar por força da Lei de Separação de 1911 a que Pio X, em 24 de Maio de 1911, responde com a Encíclica "Jamdudum in Lusitânia".

      Só em 1918 voltaram a ser restabelecidas as boas relações oficiais, por Sidónio Pais. As aparições de Fátima (1917 e o Apostolado da Oração vieram a constituir eficaz elemento de renovação religiosa no País. Após o movimento de 28 de Maio de 1926 as relações entre a Igreja e o Estado vieram a normalizar-se, culminando com a assinatura da Concordata e do acordo Missionário (1940), que tem de especifico o estabelecerem o regime de convivência, de separação de poderes e de entendimento em matérias de interesse para ambas as partes, como no caso do ensino e da celebração de casamentos.
      
      Em 18 de Maio de 2004 foi assinada a nova Concordata de 2004, pela Santa Sé, o Cardeal Ângelo Sodano,. Pelo Estado Português, o Secretário de Estado e o Primeiro-Ministro José Manuel Durão Barroso. Esta concordata foi estabelecida e regulamentada no cumprimento da Lei nº. 16/2001, de 22 de Junho, Lei da Liberdade Religiosa, aprovada pelo presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos, pelo Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres e pelo Presidente da República, Jorge Sampaio".
     Vencida a etapa de hoje que aqui termina, voltarei amanhã com a continuação do mesmo percurso, haja para isso boa disposição,. Até amanhã. 
      O santo de hoje é: Santo Ildefonso, Bispo e Confessor
      ( + Toledo, 667) "Pertencia a uma família de sangue real. Aplicou sua imensa fortuna na edificação de um mosteiro para religiosas. Foi monge e mais tarde bispo de Toledo. Escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durarnte e depois do Parto".
      Oração: - Ao vosso amparo e proteção nos acolhemos, Santo Ildefonso e suplicamos a vossa intercessão. Alcançai-nos o dom de uma vida que seja testemunho de Jesus Cristo e avivai em nós o desejo de crescermos na fé.
      Abençoai as crianças e os jovens, os adultos e os idosos. Intercedei pelos doentes e encaminhai os errantes. Fazei regressar os que andam perdidos pela indiferença e pelo pecado. Reconciliai os casais e iluminai os seus caminhos.
      Santo Ildefonso, nós vos pedimos o dom da fortaleza para vencer as dificuldades que nos rodeiam. A vós, filho dedicado de Maria, pedimos a vossa intercessão e guiai os nossos passos pelo caminho da eternidade. Amém.
         Pai Nosso... - Avé Maria ...




     

     


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