terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Etapa 205 - Que Igreja somos? um excerto do livrete da Festa

      Na etapa de ontem eu disse e confirmo; na Comissão de Festas 1999 / 2000, estive incluído com  cargo de tesoureiro, foi no cumprimento dessa atribuição que escrevi o que ontem declarei, e hoje, embora sem ver nisso grande utilidade, informo que nesse período, a nossa Igreja da Quinta do Picado, que tem vindo  ser dotada, ano pós ano, por um grupo de senhoras voluntárias, que designamos por "Mordomas", que se revezam umas a outras, e que, em conjugação com todas as comissões da Igreja, prestam os variados serviços. Naquele período, as senhoras voluntárias que constituíram o grupo, são as seguintes Senhoras:

                                                    Irene Maria Azevedo Pereira
                                                    Irene Maria Castro Coelho
                                                    Maria da Conceição Pereira Loureiro
                                                    Maria Rosa das Neves Ferreira
                                                    Olga Adelaide de Castro Filipe
 
      Da apreciação que fez a Comissão de Festas sobre os serviços prestados por estas senhoras, levou  reconhecer que elas têm mãos de fadas, coração de mel e sentido perfumado! Que seria das nossas casas se não tivessem a presença de uma mulher?
      O Templo é  habitação do Senhor e se o Senhor abre as suas portas e faz que a sua habitação seja acessível o todos;  a santos e pecadores; a cristãos e a gentios; a sãos e a doentes, são também estas senhoras mordomas, ou zeladoras, que limpam, que enfeitam e que perfumam o ambiente com lindas flores, muitas vezes raras e caras, suportando elas mesmas o seu custo.
        São ainda elas que, nos dias das festas, lá estão a ornamentar os andores e a vigiar o templo, para que, qualquer desconhecido ou mal feitor o não venha molestar.
 
       A Comissão de Festas para aquele período festivo  era constituída pelas seguintes pessoas:

                                                António Manuel da Cruz Ferreira
                                                João Miguel Gomes Costa
                                                José Maria Pereira da Fonseca
                                                Luís Filipe Gomes Costa
                                                Manuel Adelino da Silva Bastos
                                                Manuel Marcelino da Cruz Ribeiro
                                                Rui Jorge Bastos Pinto
                                                Sérgio Duarte da Silva Maio
                                                Vitorino da Cruz Oliveira.
      Obteve também esta comissão uma lista de 287 pessoas comprometidas a colaborar para os custos com quantia previamente estabelecida, pelo que não foi difícil elaborar e aprovar o programa festivo.

      Quando a Comissão, no porta a porta que a comissão levou a efeito para recolha de donativos ouviu e viu casos que desconhecia, lamentações e justificações que surpreendem, e num dos casos, o Marcelino, que servia de juiz, contou a seguinte ocorrência: 
       Ao bater à porta de um senhor, que não se revelou quem era, nem eu o revelo agora,  o Marcelino disse a esse senhor o que andava a fazer e o que queria. Esse senhor, na resposta lamentou-se dizendo: - "Óh rapazes, eu estou velho, a doença está nesta casa, as festas agora são para os novos" e, com estas justificações, deu aquilo que no momento bem entendeu. O Marcelino (juiz da festa), com os companheiros seguiram caminho. No dia seguinte, esse senhor, foi procurar o Marcelino, pediu-lhe desculpa e disse: - "Olha rapaz, eu não dormi de noite, eu já andei muito nestas coisas e sei muito bem o que custa, e quanto custa ouvir um não. Eu quero colaborar, conta comigo e peço que me desculpes". Perante isto, e porque do mesmo senhor conhecemos casos de muito maior significado e de grande valia para o nosso lugar, escolhemos apenas este por ter sido vivido com nós próprios. Sobre isto, não sei mais o que dizer, mas deixo aqui para os leitores esta interrogativa. 
      A comissão, muito sensibilizada , não só pelo facto da sua contribuição para a festa, mas por tanto de bom que este senhor acumula, há razões para se dizer que há pedras vivas na nossa Igreja.

      As contas, logo na semana seguinte o final das festas, foram apresentadas ao Prior, foram consultadas e aprovadas, houve um saldo positivo de 360.000$00, que eu, (Zé Maria), ao tempo, tesoureiro da Igreja, recebi  e depositei no Banco (C.G.D.) em conta da Fábrica da Igreja. Importância que está incluída nos fundas da Igreja à espera de vir a ser utilizada na construção de uma nova Igreja ou na reparação da existente.

      O santo de hoje é: Santo Antão Abade, Confessor
      ( + Egito, 356) "Também conhecido como Santo António do Deserto, . Aos 20 anos distribuiu aos pobres toda a sua fortuna e foi entregar-se à oração e à penitência no deserto, onde sofreu rudes ataques do demónio. Reuniu numerosos discípulos e foi chamado "Pai dos monges cristãos". Faleceu aos 105 anos de idade".

      Oração: - Ó Deus,, que permitiste que, mesmo na solidão de uma gruta, no deserto, o demónio perturbasse Santo Antão com violentas tentações, mas lhe destes força de vencê-las, enviai-me, do céu, o vosso socorro, porque eu vivo num ambiente minado de tentações que me agridem, pelo rádio, televisão, novelas, bailes, cinemas, revistas, propagandas e maus companheiros.
      Santo Antão, ficai sempre o meu lado; vós que vencestes o demónio, na aparência de um bicho imundo, me dareis força na tentação. Na hora da tentação, socorrei-me Santo Antão. Amém.
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