Assim foi, hoje, logo pela manhã desloquei-me Aveiro para colher informações sobre o andamento de um processo de inventário de herdeiros em que a Fábrica da Igreja da Freguesia de Aradas é parte interessada. Regressado desta diligência e sem motivações suficientemente agradáveis para a etapa de hoje, abri um caderno de rascunhos, encontrei algo que me agradou, não me recordo de quando nem a fonte, não poderá ser de minha autoria porque eu não seria capaz de tal feito. Fiquei tentado a copia-lo e é o que passo a fazer:
CANÇÃO DO PASSADO
A vida passa, mas nunca esquecem
Os sonhos ledos que houve em criança,
Nem as grinaldas que se entre-tecem
Com as flores rubras da nossa esperança.
A mocidade, doce alvorada!
Recorda sempre, qual luz divina,
Ridênte barca roda enflorada,
Sulcando a vaga diamantina.
Já desfolhadas as ilusões,
Pelas rajadas das tempestades,
Deixam raízes nos corações,
Raízes feitas só de saudades.
Se do passado só nos resta,
O desengano que nos revolta ,
Ainda o tempo que vai passar,
Traz a saudade do que não volta!
E se s saudades se vão sumindo
Com os afectos que nos cercaram,
Outras mais fortes que vão surgindo,
Trazem saudades das que passaram.
Embora a sorte fosse bem rude,
Revendo a vida que está passada,
Vem a saudade da juventude,
Da luz da esperança, quase apagada.
As mais das vezes nem se gozou
Nesse passado que nunca esquece,
Mas houve, ao menos, sol que passou,
Calor na sombra que ainda aquece.
E o peito aflito, desalentado,
Quando suspiros de mágua solta,
Suspira ainda pelo passado,
Que embora triste, nunca mais volta!
Lágrimas turbam o nosso olhar,
Encadeadas ao pensamento,
Soluça a alma, põe-se a chorar,
Triste e perdida no desalento.
Leva-se a vida nesta ansiedade,
Pensando sempre na que passou;
Mas chega a morte e sem piedade,
Num só suspiro, tudo acabou. . .
E até na hora em que a prisão finda,
E a alma liberta pode voltar,
Um último pranto ainda desliza,
Chorando a vida que vai findar!
De angustia, o peito quase gelado,
No ai supremo, que ao morrer solta,
Sente a saudade do seu passado,
Que embora triste, nunca mais volta!
( Não sei de quem é, mas eu gosto! e vocês?)
O santo de hoje é: São João Bosco, Confessor
( + Turim, 1888) "Sacerdote italiano dotado de carismas extraordinários, desenvolveu um sistema pedagógico inovador e conseguiu reunir em torno de si um prodigioso movimento de apostolado. Tinha frequentes sonhos de carácter sobrenatural, nos quais recebia luzes sobre o estado da alma de seus aluno e sobre acontecimentos do seu tempo e futuros. Embora sem recursos económicos, com força de vontade e sobretudo com uma inabalável confiança em Maria Auxiliadora, conseguiu executar projectos apostólicos grandiosos em várias nações. Fundou duas congregações religiosas e um grande número de colégios para a educação de meninos pobres. Foi apóstolo da boa imprensa, não somente escrevendo muitos livros e artigos, mas chegando a construir uma editora pujante e até a fundar um fábrica de papel. Exerceu enorme influência na vida social e política da época".
Oração: - Ó São João Bosco, amigo das almas, eu vos recomendo a salvação de minha alma. Vós que tivestes sempre uma palpitação de caridade para todas as necessidades humanas, alcançai-me de Deus, vô-lo peço a graça (pedido) que ardentemente desejo. Alcançai de Deus para mim e para todos os meus caros a paz de espírito, a conformidade `vontade divina e a perserverança no bem.
Assim seja . Amém.
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