sábado, 11 de março de 2017

Etapa 258 - Porque terá o eng. João Carlos abandonado o projecto?

            Na etapa de hoje, pretendo, antes que me perguntem, dissipar algumas dúvidas que possam existir, do como e do porquê, que o eng. João Carlos Marques Barreto foi afastado do projecto? a razão foi simples e compreende-se; A Comissão não conhecia o trabalho que o eng. dizia já ter feito,  e ele, que dedicava e prestava demasiada atenção ao senhor Manuel Gasolo, o qual,  com  habilidade e até alguma maldade, não se decidia pelo sim nem pelo não, e ainda porque o eng João Carlos, que vivia da remuneração do seu trabalho, ia dando sinais e mandava mensagens, de que queria receber determinada quantia por conta dos seus trabalhos. Analisado o facto, alguém, para evitar custos, perguntou ao prior, (padre Júlio), se ele tinha amizades com algum dos arquitectos da Câmara, porque se tiver, o arquitecto na Câmara, em tempos livres, poderia encarrega-se e executar o projecto. O padre Júlio aproveitou a sugestão, encontrou-se com o seu amigo e conterrâneo, o arquitecto Sarabando, conversaram, e o arquitecto disponibilizou-se. Os dois combinaram a estratégica, e face ao que combinaram, o padre Júlio pediu ao senhor presidente, Dr Alberto Souto de Miranda, o favor de autorizar que o seu arquitecto Sarabando, na Câmara, e nos seus tempos livres, nos faça projecto para construção de uma Igreja nova no lugar da Quinta do Picado, a implantar no espaço recentemente conseguido, com a junção de duas terras, compradas e pagas pelo povo para esse fim. Posto isto, o senhor presidente enalteceu as competências daquele arquitecto, chamou-o ao seu gabinete e na presença do senhor padre Júlio, disse ao arquitecto: "senhor Sarabando, atenda o senhor padre Júlio, faça o melhor que poder, mas tenha em atenção os nossos serviços, que são prioritários e não podem ser prejudicados". 


      Com isto,  e no meu parecer, as razões porque o padre Júlio recorreu ao seu amigo Sarabando e aos serviços da Câmara, foram económicas e também para ter argumento justificativo para afastar do projecto o Eng. Barreto.

      Iniciados os trabalhos na Câmara, o padre Júlio, muito assiduamente, tinha contactos com o senhor arquitecto, acompanhava os trabalhos e o arquitecto Sarabando, não fez só um, fez dois projectos, um grande e ambicioso e outro, a  pedido do padre Júlio, mais pequeno e de menor custo. Esse segundo projecto estava aprovado pela Comissão de Arte Sacra, foi também aprovado em sessão de Câmara e para nos ser entregue com o respectivo alvará, faltavam apenas as especialidades. Quando a situação era essa, o senhor arquitecto Sarabando foi para a reforma, deixou aquele processo entregue e recomendado a colegas seus, mas como já disse, e se compreende, os trabalhos eram feitos em tempos livres. Também, naquele entretanto, surge na Câmara o senhor Licínio com projecto para uma área comercial, (Paradi), para implantar em terreno anexo do lado norte, para o seu projecto merecer viabilidade, tinha que estabelecer acordos com a Igreja. Essa cláusula levou aquela entidade a mover influências, e isso despertou o interesse pelas compensações, conflito de interesses que fez  emperrar o processo da Igreja e tudo ficou parado.

      Eis então que chega o reverendo Paulo Cardoso da Cruz, substitui o padre Júlio, mas nem tudo o que encontrou lhe pareceu bem, não teve passagem de testemunho do nosso anterior chefe e orientador, foi ver o que existia na Câmara, algo lhe terá desagradado, que o levou a pedir alterações ao projecto, na Câmara é apresentado a um novo arquitecto, novo em tudo, até na idade, o jovem arquitecto Paulo Marinheiro, declarou-se-lhe ensombrando com o trabalho do seu antecessor, e se propôs a fazer obra nova. Decorria o ano de 2013, era tempo de campanha política para as autarquias  por convocação do padre Paulo Cardoso da Cruz, ele, eu, Norberto Lopes e Orlando Balseiro, reunimos na Câmara com esse jovem arquitecto Paulo Marinheiro  afim de apreciarmos os estudos que ele havia feito, mas ele ao receber-nos e ao saber para o que ia-mos, ficou tão surpreendido, que não sabia o que nos dizer, porque o que lhe estava-mos a pedir, já outros, no dia anterior lhe tinham pedido, um grupo de pessoas que se lhes apresentou dizendo que eram a Comissão da Igreja, a quem ele mostrou tudo o que tinha, e inclusive, lhe facultou cópias de algo.  Confesso eu, que me descontrolei, e que nunca mais voltei à Câmara, e penso que, na Câmara, ninguém mais voltou a fazer fosse o que fosse, naquele processo.

      É de meu conhecimento e de muitos interessados que o reverendo Paulo tem outro arquitecto, seu conhecido e amigo a trabalhar num outro processo, prometeu mostrar e dar novidades brevemente, aguardamos. E é aguardando calmamente que, com a meta à vista, num instante a vou cortar, o prémio, só vós meus bons amigos, mo podereis dar.  Até amanhã.

      O santo de hoje é: Santo Eulógio, Mártir
      (+ Córdoba, Espanha, 859) "Sacerdote de grande erudição e piedade, insurgiu-se contra a tendência que então manifestavam muitos católicos, chefiados pelo ímpio bispo Recaredo, de aceitarem passivamente a influência muçulmana, e conclamou os fiéis a aceitarem o martírio antes de traírem sua fé. Deu ele mesmo exemplo da doutrina que ensinava, sendo decapitado por amor  Jesus Cristo".
      Oração: Espírito de perfeição, dispõe meu coração e imitar o exemplo de Jesus que, na cruz,  nos deu  maior prova de amor aos inimigos. Amém!

Sem comentários:

Enviar um comentário