domingo, 12 de março de 2017

Etapa 260 - José Lopes Azevedo, o seu adeus em 5 de Março de 2017

      Na etapa de hoje, a jeito de meditação,, sentado na geringonça de uma cadeira com rodas, de frente para o ecrã que me cansa a vista, estou mentalizado e pronto para no términos desta etapa, saborear com prazer o gosto do prémio que estou a conseguir para o meu currículo, prémio que terei que receber de mim próprio e guardá-lo no meu palmarés, pois já é este o CCLX dia deste meu caminhar.

       A partida para esta etapa vai acontecer daqui  momentos, a linha da partida está à saída da porta da minha casa,  meta do final da etapa, num extensão de 100 Km, está junto à minha casa de Nespereira, vou, (como disse), daqui a momentos caminhar para lá, vigiado e acompanhado pela minha filha, Maria Cândida, aquela que me deu a felicidade de eu ser pai pela primeira vez.

      Ontem, eu pensava que hoje não iria poder ter tempo para vos aborrecer, mas, tendo acordado cedo, pensei num amigo que nos deixou, eu digo nos, porque quem era, não me tinha só a mim como amigo, tinha muitos, e confesso que, tendo ele morrido há uns 8 dias, para identificar a data, eu já tive que pensar, e assim, se eu escrever algo sobre ele, é acto que fica registado para memoria. Eis então quem era e o que sobre ele se me oferece dizer:

      José Lopes Azevedo (o Zé Questino) casado com Maria de Oliveira Simões, pai de 2 filhos, Francisco e Manuel, morreu no dia 3, deste mês de Março, deste ano de 2017, o funeral do seu corpo aconteceu no dia 5 (domingo) às 12 horas, com cortejo fúnebre, da Igreja Matriz paroquial para o cemitério local, junto à Igreja. Mas o que me leva a reflectir sobre a perda deste homem, é o seguinte: O Zé, operário, carpinteiro, não irradiava simpatias, mas era pessoa trabalhadora, honesta, crente, e prestável para tudo, conheci o Zé, ele colaborou comigo.  À sua maneira educou os filhos, um e outro, em rapazes, na Capela do nosso lugar fizeram serviço de sacristão, quando pensaram casar, um em Verdemilho e outro em Quintans, deixaram de poder dar esse contributo, mas o Zé assumiu e o lugar continuou bem servido. A par com eles, a Maria, esposa e mãe, na Capela, encarregava-se de cuidar dos paramentos e das alfaias litúrgicas. O Zé, integrou também Comissões do Culto da Capela, e enquanto pôde, fez cobrança da quotização paroquial, num cantão extenso e difícil, aconteceu até que, quando já não podia andar, pediu-me que o substitui-se, assim aconteceu, mas a certa altura ele foi operado e melhorou, sentido-se já capaz, veio dizer-me que estava melhor e que se eu precisa-se, estava o meu dispor. Penso que, o que acabei de descrever é suficiente para justificar uma atitude que tive, não sei se certa ou se errada,  mas que foi o seguinte: 

      No dia 5, antes da Missa, que no nosso lugar é às 9 horas da manhã, eu estava na sacristia à espera de uma oportunidade para fazer um pedido ao Padre Paulo, mas ele, estava rodeado de tanta gente, e eu que tinha que me ir juntar aos companheiros do grupo coral, disse ao Sr. Alves para dizer, a ele, ao senhor padre, para na missa, em momento que ele entendesse ser oportuno, fizesse referência ao Zé e que avisa-se que o funeral ia ser na Igreja às 12 Horas. Eu, estava atento aos avisos, mas da referencia ao Zé, nada. No fim da missa o padre Paulo, teve a amabilidade de esperar por mim e de se justificar, disse; "eu não disse nada, porque não podemos estar a abrir excepções", respondi-lhe; tudo bem senhor padre, o senhor padre não o conheceu e eu terei falhado não ter falado consigo antes, mas excepção foi aquele homem, e contei-lhe. Vi que o padre ficou pensativo, mas eu também fiquei!... Não tenho mais tempo, mas pensem comigo... por alguma razão as Igrejas vão ficando mais vazias.

      O santo de Hoje é: São Nicéforo, Mártir
      ( + 828) "Foi Patriarca de Constantinopla e faleceu no deserto, porque defendeu o culto às imagens sagradas contra a heresia dos  iconoclastas. É honrado como mártir pelo muito que sofreu, nas perseguições de que foi vitima por sua fidelidade  `doutrina  o espírito da Santa Igreja".

      Oração: - Senhor, Faça-se em mim e em todas as minhas coisas vossa Santíssima vontade, no tempo e na eternidade. Amém
     
    

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