terça-feira, 11 de abril de 2017

Etapa 289 - Recordação b) - fricção e alergia - 1º. parte

      Logo que parei para pensar e delinear a etapa de hoje, apercebi-me que a temperatura prevista para hoje é de um dia muito quente e isso fez-me lembrar que, foi no tempo quente, no escaldante verão do ano de 2013, com a adaptação a uma  prótese nova, que meu corpo teimava em não aceitar, que eu fui atacado por uma alergia, que muito me incomodava e fazia sofrer, mas o que é meu, é meu e sou eu que tenho que suportar. Reconheço que sou um potencial alérgico, sou alérgico o ar que respiro, às vespas que me mordem, os afagos que me arranham, à infidelidade nas convivências sociais e culturais, ao aproveitamento de trabalhos de outros prestadores em proveito próprio, à traição voluntária e a muito daquilo que uns colhem prejudicando outros. A falta de respeito e de moralidade fizeram-me ser alérgico, o que acontece desde há mais de 50 anos, um mal que em mim se agrava ao passar naquele local e sempre que, reconheço que o comportamento indigno de uns é causa para arrastamento de outros. Qualquer fricção agrava-me as feridas e esta alergia não passa, sinto revolta e mau estar quando vejo pessoas envoltas em acções que prejudicam o próximo. Aquilo que para uns poderá ser motivo de gozo, de satisfação e de alegria, pode ser para outros motivo de sofrimento e de tristeza. Quem pensar que a demonstração pública de cuidados e afagos, num estilo aparente produz efeitos de satisfação, engana-se. Há afagos que são arranhões e ferem com forte e feroz violência as vitimas silenciosas.

      Duma semente germinada em terra íngreme, mas irrigada e fértil, nasceu um arbusto que logo foi transplantado ali bem perto, quando desenvolvido e capaz de sobreviver, deixou-se levar pelo destino, na viagem, andou pela primeira vez de camioneta e de comboio, de passagem, viu a cidade do Porto, entrou no comboio na Estação de São Bento, da janela do comboio viu o mar e apeou-se em Aveiro. Ali estava o primo à sua espera, o primo era como ele, um rapazinho ainda pequeno e jovem. também ele de apenas 15 anos, não se conheciam, pois nunca se tinham visto, mas identificaram-se um ao outro, se não pela aparência, poderá terá sido pelos ares de Nespereira. Depois de se terem comunicado com um olá primo, abraçaram-se e esse seu primo (Manuel Soares Cardoso) que o esperava, convidou-o a sentar-se no quadro da sua bicicleta e, bocados os dois a pé, outros bocados, o Manel pedalando, pouco tempo depois chegavam ao lugar do destino. Chegados a casa dos patrões do Manel, na Quinta do Picado, o Zé, sim, eu. que era apenas e só um arbusto, pronto a ser transplantado em terra fértil, jantou e dormiu naquela casa com o seu primo, era o dia 5 de Agosto do ano de 1952, de terça para quarta-feira, e nessa quarta-feira, logo pela manhã, este arbusto foi então transplantado no local onde então se desenvolveu, dali foi para a tropa e foi quando estava na tropa, em Cavalaria 5, em Aveiro, que se casou e quando saiu da tropa já era pai.

      Amanhã eu volto e numa outra etapa desvendo algo mais desta mesma recordação.

      O santo de hoje é:Santa Gema Galgani, Virgem
      ( + Luca, Itália, 1903) "Foi grande mística e amiga da Cruz de Nosso Senhor, e teve o privilégio de receber os estigmas da Paixão. Via com frequência o seu Anjo da Guarda que lhe dava conselhos e ajudava. Deus, por algum misterioso desígnio, permitia que o demónio  perseguisse e maltratasse. Quis entrar no convento das passionistas, mas não conseguiu. Morreu aos 25 anos de idade, espiritualmente ligada à Congregação passionista".
      Oração: - Oh minha celeste padroeira Santa Gemma, por vossa ardente caridade para com o próximo sofreste, na terra, longas e cruéis enfermidades. Lembrai-vos de que, se Deus vos exaltou a tão grande glória, por para que, do Céu, consolásseis os aflitos, convertêsseis os pecadores e curásseis os enfermos. O pensamento de que milhares dos que a vós recorreram foram socorridos me anima a pedir a graça que tanto desejo. Restituí, pois, pelo amor de Jesus, restituí perfeita saúde ao meu enfermo. Oh! Santa Gemma, ouvi esta minha prece! Vós não me haveis de recusar esta graça, se for de vontade de Deus. Eu não a mereça, mas confio inteiramente em vossa poderosa intercessão. Amém.



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