domingo, 23 de abril de 2017

Etapa 301- 3º excerto da recordação e) - com José Ferreira Balseiro

      Aqui colocado hoje, precisamente no términos da etapa de ontem, vou dar continuidade ao percurso que, a exemplo da via-sacra vai tendo algumas estações onde se pára para reflexão. Assim prossigo para no parágrafo seguinte, dizer:

      Que tristeza me invadiu, que escuridão me assombrou, no dia 3 de Novembro do ano de 2013, o José Ferreira Balseiro não estava na missa! situação estranha, ele raramente faltava.Terminada a missa, já fora da Igreja, alguém comentou que, quando a missa estava a começar, passou uma ambulância e que levava o Zé Laura, e que, quando ele se havia levantado para ir à missa, se tinha sentido mal. No hospital fizeram-lhe exames, recuperou e deram-lhe alta. O filho Orlando levou-o para a sua casa e, em casa do filho, quando estavam a almoçar, a indisposição repetiu, levaram-no de volta para o hospital, era um ABC e entrou em coma. Depois de recuperar do coma, foi transferido para cuidados paliativos, não mais recuperou, não voltou à sua casa nem ao ceio da sua família, acabando por falecer em Ílhavo, no dia 17 de Maio de 1914, o seu funeral realizou-se no dia 19, uma segunda-feira, da Igreja matriz de Aradas para o cemitério local.

      O seu funeral foi muito participado, estiveram representadas as Bandas, em especial aquelas que ele dirigiu, (Música Velha de Ílhavo - actual Filarmónica Gafanhense, e  nossa, a Banda da Escola de Música da Quinta do Picado), A Escola de Música da Quinta do Picado, poderia ter tido o cuidado de se fazer apresentar com todas as suas valências, mas, se para uns era dia de trabalho, também era para outros dia de aulas nas escolas, mas não olhes a isso zé, já passou e tu estás bem. Olha Zé, a nossa Banda já tem 42 anos, vai de vento em pompa, tem um bom presidente da Direcção, bem apoiado por todos os outros órgãos directivos, onde se inclui o teu filho Manuel. É uma grande personalidade, a tua semente fervilha e cresce. Adivinha-se um futuro promissor, onde estás, não a esqueças.

                                                             Áh grande Zé...!
                                                    As árvores morrem de pé,
                                                    Ressequidas e velhinhas;
                                                    Mas há árvores novas, até,
                                                    Que vivem enfezadinhas.
                                                    Morrem sim, há quem se importe,
                                                    Mas é esse o nosso destino;
                                                    Morre-se de velho, mas forte,
                                                    Na crença ao Deus Menino.
                                                    
                                                    Eu fui ao Céu a sonhar,
                                                    Vi do alto o purgatório;
                                                    E mais abaixo, no inferno,
                                                    Um sofrimento medonho.

                                                    Descrevi ao Padre Júlio,
                                                    Este sonho ou visão;
                                                    Ele disse bem convencido,
                                                    O que vistes é muito sério.
                                                    Foi o inferno de uns,
                                                    O purgatório de outros;
                                                    Se o Céu é para todos,
                                                    Os que lá entram são poucos.
                                                    Quem foi forte e poderoso,
                                                    Quem nunca foi oprimido;
                                                    Vai ter a porta fechada,
                                                    Se não chegar lá vencido.

      O santo de hoje é: São Jorge, Mártir
      ( + Lida, Palestina, 303) "Pouco se conhece a respeito de sua vida, sabendo-se apenas que era militar e sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano. Seu culto se espalhou rapidamente pelo Oriente, e por ocasião das Cruzadas teve grande penetração no Ocidente. Muitas lendas correm  seu respeito, entre as quais  mais popular é a do dragão, que teria sido morto por ele. São Jorge é padroeiro da Inglaterra e da Etiópia. O grito de combate dos portugueses durante a batalha de Aljubarrota (1385) era: "Por Portugal e São Jorge". O Brasil herdou de Portugal a tradição de incorporar, nas procissões de Corpus Christi, uma imagem de São Jorge montado a cavalo e armado como militar.".

      Oração: - Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro, invensível na fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abre meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei vosso escudo e vossas poderosas armas, defendendo-me com vossa força e grandeza. Ajudai-me a superar todo o desânimo e a alcançar a graça que vos peço (pedido).___________________________________
Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé e auxiliai-me nesta necessidade.

      Tenho outras gratas recordações do Zé Laura guardadas no meu cora, vou leva-las comigo que podem servir-me como senha para nos encontrarmos lá, no além. Para amanhã, a recordação é outra.


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