sexta-feira, 28 de abril de 2017

Etapa 306 - excerto da recordação g) A Capela de São Vicente - Granja - Nespereira

      Para cumprir esta etapa fui situar-me na Granja, mesmo junto à Capela de São Vicente e, ali situado, tenho como itinerário previsto fazer ligação entre a Capela de São Vicente, na Granja e a Capela de São Caetano da Mata, na Feira. Recordando tempos antigos, em especial o dia de São Lázaro e a Procissão das Ladainhas, que no seu dia, dia de São Lázaro, se realizava entre as duas Capelas.

      Nas etapas 302 à 305 recordei a fidalgaria da Granja, classificação que lhes terá sido atribuída em tempos já muito distantes, daí, a existência dessa Capela. A Associação Recreativa, «GRUPO FOLCLÓRICO DE NESPEREIRA», publicou um extenso texto, texto oportuno e esclarecedor, dotado, como não podia deixar de ser, de factos históricos, culturais e etnográficos, documentados com memórias do reverendo Justino Lopes, que por uma só vez, no ano de 1969, fez a referida Procissão. 

      O Reverendo Justino, no seu texto, já nos disse quem foi São Vicente e eu, pelo que investiguei, estou de acordo com o texto, não só com o que ele disse, como com o que, sem palavras, nos quereria dizer, e eu, se é que não repito o mesmo, acrescento:

      Vida de São Vicente; Nasceu em Huesca (Espanha) no final do século III, de família nobre, que o confiou à direcção do bispo de Saragoça. Aproveitando no estudo e na piedade, o bispo ordenou-o de Diácono e encarregou-o da pregação na sua diocese. O diácono Vicente não somente ensinava  e fortalecia os fiéis, mas também convertia à fé de Jesus Cristo grande número de pagãos. Por esse motivo foi preso e conduzido ao governador de Tarragona, que tentou, por modos brandos e com promessas de grande ventura, levá-lo a abandonar a religião cristã. Baldados esforços.

      Vicente respondeu-lhe que nem as promessas nem as ameaças de morte cruel o moveriam a faltar aos seus deveres de cristão, pois que não havia maior honra do que morrer por Jesus Cristo. Ordenou, então, o governador que atormentassem Vicente com toda a severidade. Estenderam-no sobre o cavalete, ligaram-no, desconjuntaram-lhe os ossos  rasgaram-lhe as carnes com unhas de ferro. E, como  Vicente se mostrasse alegre  no mio de tais tormentos, fizeram-no deitar em uma grelha de ferro com laminas em brasa, cujo calor conservavam com uma fogueira, procurando os algozes aumentar a dor do mártir lançaram-lhe sal nas feridas. Depois disto encerraram-no em uma escura enxovia onde só podia descansar sobre pedaços de ferro e de louça. Deus quis mostrar quanto lhe era agradável  constância de Vicente, e em um momento restituiu-lhe a saúde, operou uma completa cura. Vendo tão milagroso facto, o carcereiro e os guardas da prisão converteram-se à fé cristã. Então o governador ordenou que deitassem Vicente em leito tão brando quanto possível  que o halassem com todo o carinho. No momento em que Vicente foi deitado sobre esse leito entregou a vida a Deus e foi descansar no Céu, no dia 22 de Janeiro do ano 301 ou 305.

      O governador desesperado mandou lançar o corpo do mártir em um campo para ser devorado pelas feras ; mas Deus fê-lo guardar por um corvo, que o defendeu dos outros animais. Ainda o governador o mandou lançar ao mar, e Deus, ainda conduziu o corpo do mártir à praia onde os fiéis o foram buscar, dando-lhe sepultura junto à cidade de Valência, onde edificaram um grandioso Templo.

      Pelo que fui lendo e se bem entendi, o culto a São Vicente estendia-se pelo Condado Portucalense, dando para compreender que, por cá, há templos dedicados a São Vicente muito anteriores à nossa nacionalidade, será que a nossa Capela não está nessa conta? para mim é bem possível! Há por aí muitos tesouros encantados, mas faltam aventureiros que os queiram descobrir.

      Terminei esta etapa entre as duas Capelas, mas numa só pista, de lado para lado, porque ir por aqui e vir por ali, ainda não é possível. O Senhor Mário ainda não teve tempo nem condições e, se chegar a ter condições, já não tem tempo, é a vida...   

      O santo de hoje é: São Luís Maria Grignion de Montfort, Confessor
      ( + França, 1716)"Grande doutor marcial dos tempos modernos, combateu arduamente a influência jansenista nos meios católicos, pregou no noroeste da França, precisamente na região em que, 80 nos depois, os camponeses se levantaram de armas na mão contra a Revolução Francesa e fundou a Companhia de Maria e a Congregação das filhas da Sabedoria. Vivia abrasado no amor de Deus e de sua Santa Mãe, e aspirava ardentemente, como demonstram seus escritos, pelo advento de uma época em que Nossa Senhora fosse efectivamente obedecida como Rainha. Sua obra mais célebre é o «tratado de verdadeira devoção à Santíssima Virgem», em que ensina a Escravidão por amor à Santíssima Virgem como meio mais seguro de servir a seu Divino Filho"

      Oração: - Não conheço oração que lhe seja dedicada.


                       

     

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