quinta-feira, 11 de maio de 2017

Etapa 319 - 4º excerto de; Àguas da Fonte do Carocho - um Oásis

      Teimoso? sim, eu sou teimoso! quando estou convicto de que a razão me assiste sou mesmo muito teimoso, mas, pior ainda,  é quando acabo por reconhecer que não tenho razão, aí, sinto-me envergonhado da minha teimosia.
      Como  ontem prometi, cá estou hoje para iniciar, e, para percorrer e vencer mais uma etapa, esta que, na pista das Águas da Fonte do Carocho, na ida para lá, na vinda para cá, com companheiros ou sozinho, é mais uma que, com maior ou menor esforço, vou ter que a concluir. Iniciada a etapa na pista que forma um circuito à Fonte, aquele terreno onde jorra a bica e outros espaços adjacentes, são desde finais da década de 70 e princípio da década de 80, da ADAC - Associação dos Amigos do Carocho, bem como o pavilhão ali construído. Na verdade, agora e desde cerca de há umas duas dezenas de anos, ouvir-se dizer que a Água da Fonte do Carocho está inquinada e imprópria para consumo humano é verdade que se ouve,  não sei se o dizem com ou sem razão, pode ser só má fama.  Se algo de anormal se passa com a qualidade da água era bom haver aviso público e as respectivas justificações. Se é mentira, a mentira provoca alarme, corre veloz e da má fama já ninguém a livra. É também certo que ninguém, ou quase ninguém agora vai buscar água àquela Fonte, Desde o ano de 1985, que eu tenha conhecimento, não foram feitas análises à água, e se foram, quem as conhece? E também, se é que o alarme se justifica, quem poderá confirmar se há ou não razão? e havendo, quem poderá, à maneira do possível, identificar as causas e minimizar os efeitos?
       Agora, à distância de há já algumas dezenas de anos, recordo a uns e dou a conhecer a outros, que, quando já a Adac tinha o seu pavilhão construído e já era dona de alguns dos terrenos adjacentes, recebemos a visita de uma delegação do Clube de Futebol do Bonsucesso, chefiada pelo senhor Duarte da Rocha. Eles, que andavam em busca de um espaço para implantar a sua Sede e o seu Campo de Futebol, nessa visita, que até nos surpreendeu, o senhor Duarte da Rocha e seus companheiros propuseram-nos uma fusão.
      Nesse tempo, o terreno que metia cobiça e era bom para os objectivos do Clube do Bonsucesso, era ainda do senhor Fernando da Silva Tavares Lebre, e a Adac alimentava a esperança de vir a adquirir esse terreno,  para ali, em tempo oportuno, completar o seu complexo sortido dos meios para a prática das suas actividades. Foi nessa esperança que o senhor Fernando Lebre, homem dinâmico e principal impulsionador da acção associativa, autorizou a que, com o apoio da Junta da Freguesia e da Câmara Municipal, em tempos livres, a Adac construí-se ali um campo em terra batida e foi o que fez, com máquinas e pessoal da Câmara, em tempos livres.  Foi isso que motivou o Clube do Bonsucesso a vir fazer-nos a proposta que fez, a proposta de fusão, as duas numa só entidade.
      Da parte dos dirigentes da Adac essa proposta foi recusada, mas o senhor Duarte da Rocha, que não era fácil fazê-lo desistir das suas pretensões, querendo mesmo fazer sentir que, ou a Adac ganha ou a Adac perde, porque o seu Clube estava disposto a comprar aquele terreno.
      Em consequência, o diálogo entre Adac e senhor Fernando teve progressos, a Adac assumiu um compromisso verbal com o senhor Fernando de lhe comprar o terreno, e isso fez com que o Clube do Bonsucesso procura-se outro local. Procurou, encontrou-o na baixa da Quinta Nova e ali, nesse local construiu a sua sede e o seu complexo desportivo, onde se situa e com muito êxito.
      Com a eleição de outras pessoas para os órgão directivos da associação,( Adac), os quais não tiveram em conta os compromissos e acordos estabelecidos pela Direcção anterior, o senhor Fernando Lebre deu outro destino ao seu terreno, vendeu-o à Junta da Freguesia de Aradas, mas, por conversas que o senhor Fernando ia tendo comigo, vendeu-o à Junta, na esperança de que, a Junta tivesse sempre em conta proteger a fonte e defender os verdadeiros interesses da Adac, interesses que eram os seus e também do lugar. E que coisas boas a Junta ali poderia ter feito... O Centro Cívico! O Centro de Saúde! outros serviços! mas não, vendeu o terreno em lotes!, foram por ali construídas moradias sem haver sequer saneamento! e a onde é que foi investir o dinheiro realizado com  bens do nosso lugar? fez onde se vê que fez, um mamarracho, esganado, desprezado, à mercê de moscas e bicharada, nesse tempo ainda nem sonhado era, não poderia estar cá? claro que podia.  Vá, cala-te Zé e diz; até amanhã. Sim eu digo; até amanhã.

      O santo de hoje é: Santos Abades de Cluny, Confessores
      ( + sécs. X a XII) "Entre 926 e 1156, a celebre Abadia de Cluny, na França, foi governada quase ininterruptamente por abades santos: Santos Odon (926 - 942), Majolo (965 - 994),  Odilon (998 -1048),  Hugo (1049 - 1109) e Pedro, o Venerável (1156 ). Nesse periodo Cluny espalhou sua influência benéfica por toda a Europa, chegando a coordenar mais de 2000 mosteiros fervorosos, revigorando espiritualmente toda a Cristandade e produzindo também na ordem temporal efeitos salutares".
      Oração, não conheço.




     

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