Hoje vou percorrer mais uma etapa abraçado a um grande amor, a um amor puro e perfeito, um amor alegre, de esperança e em constante crescimento. Digo isto com grande satisfação porque tenho presente nas minhas memórias e recordações, momentos, dias e alargados períodos difíceis porque passamos. Serei considerado um, "não sou tido nem achado", mas isso não me preocupa, porque também não seria capaz de suportar elevados pesos, e nem uma só coroa de louros, mas, se tiver que suportar alguns espinhos, também isso não me escandaliza, já estou habituado.
Eis um excerto de uma recordação: A Escola de Música da Quinta do Picado, reuniu pela primeira vez, (em reunião alargada a elementos externos, amigos, simpatizantes e candidatos a sócios), no dia 30 de Dezembro do ano de 1978, em casa do senhor António da Rocha Gomes, e teve como convidado especial, o então Presidente da Junta, o qual se fez acompanhar por outras individualidades, cujos nomes não se registaram. Essa reunião foi promovida pelo senhor António da Rocha Gomes, era ele o anfitrião, e sendo também ele o orador, disse:
"A Escola de Música começou a funcionar numa casa velha, na rua direita, pegada à casa do Silvestre das Neves, do lado sul, era uma casa dos herdeiros do Sr, Abel dos Santos Barreto, casa que estava em ruínas, e o seu estado de degradação era tal, que os herdeiros não tinham interesse em a conservar. Por causa do mau estado de conservação dessa velha casa, no inverno não se podia lá estar, era imperativo arranjar outra solução, obrigados pela necessidade, eu e o Zé Maria, fomos falar com a senhora directora da Escola Primária, contamos-lhe a situação, e ela, face ao que já conhecia do nosso trabalho e da quantidade de alunos a frequentar as nossas aulas, deixou-se condoer, deu-nos autorização e uma chave da porta da velha Escola Primária, para nós, livremente e a horas convenientes, podermos exercer a nossa actividade e fazer os nossos ensaios de grupo.
A grande lacuna consistia na falta de instrumentos. Alunos havia e há, revelam-se excelentes, uns, oriundos de famílias com poucos recursos, outros, porque os pais não estão dispostos a investir, e outros ainda, porque os pais duvidam se a Banda terá ou não pernas para andar, não investem nos filhos e, não investindo nos seus filhos, não ajudam a Escola. Temos casos, e já são vários, de elementos que se revelam mesmo bons, que foram aliciados por outras Bandas circunvizinhas, Bandas que lhes dão instrumentos, e lhes oferecem condições, com as quais não podemos competir.
Mas, jovens da nossa terra, atentos ao nosso trabalho e com vontade para ajudar, organizaram-se, formaram um grupo, denominaram-se «Grupo dos Amigos da Banda da Quinta do Picado» e promoveram uma campanha de angariação de fundos. Esse grupo, constituído por:
Almerindo Lopes Laranjeira
João Carlos Maio Duarte
José Carlos Marques Balseiro
Laurinda Maria Marques Balseiro
Manuel Lopes Laranjeira
Manuel Simões da Rocha
Vitor Manuel Lopes Balseiro.
Estes honrados valentes, angariaram e entregaram-me, a mim, porque me consideram como presidente da Direcção, a quantia de; 61.555$00, ( sessenta e um mil quinhentos e cinquenta e cinco escudos), quantia muito apreciável e de grande significado para os fins a que se destina. Foi com este dinheiro que compramos os primeiros instrumentos, entre os quais, alguns já em estado de uso, dispensando a qualidade pela quantidade a fim de sortirmos de instrumento uma maior quantidade de jovens".
Como por certo entenderam, o que acabei de transcrever foram palavras do Ti António Cabilhas, homem de convicções, mas bom homem, amava a sua terra e tinha gosto em preservar a memória de quem ajudou esta colectividade, quer para sobreviver, como para a fazer crescer. Reafirmo que este grupo de pessoas, que no tempo eram jovens, que no presente, e felizmente todos são vivos e estão na viragem para a chamada terceira idade, eles merecem que eu os recorde, que eu os faça recordar e apele para que, numa futura oportunidade, em locar de destaque, façam constar este feito numa placa a eles alusiva.
O santo de hoje é: Santa Rita da Cássia, Viúva
( + Itália, 1457) "Suportou durante 18 anos um marido brutal que lhe era infiel e a maltratava, até que conseguiu convertê-lo. Quando este foi assassinado e seus dois filhos juraram vingar-se dos matadores, pediu a Deus que tirasse a vida dos filhos antes que eles cometessem o feio pecado da vingança, e foi atendida. Ingressou depois de viúva num convento agostiniano e ali recebeu na fronte, como privilégio, um dos espinhos da coroa de Nosso Senhor. Sua vida é repleta de milagres e episódios maravilhosos. É a padroeira das mulheres que sofrem com os maridos, e é também chamada "advogada das causas perdidas" e "Santa dos impossíveis"".
Oração: - Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que necessitando de auxilio, a vós recorre com fé e esperança de ser atendida por vós, que tens o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó gloriosa Santa, olhai por minha causa, intercedei junto a Deus para que me consiga a graça de que tanto necessito ( fazer o pedido____________________).
Não permitais que tenha que me afastar de vossos pés sem ser atendida. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que vos imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos, e apresentai-o a Nosso Senhor Jesus Cristo, em união com vossa prece.Santa Rita, em ponho em vós toda a confiança. Por vossa intercessão espero com fé e paz a solução dessa difícil circunstância. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por mim, rogai por todos nós. Amém!.
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