Hoje, logo pela manhã desloquei-me ao Hospital para consulta de fisiatria, atendido pelo meu médico fisiatra, o Doutor José Guedes de Oliveira, que me trata com a máxima cordialidade e sem qualquer esforço aparente, surpreendeu-se por eu ainda não ter sido chamado pela casa ortopedica para fazer moldes, e face a isso, ele próprio, comigo presente, ligou para a casa em questão, interrogou e responderam-lhe que serei chamado nos próximos oito dias; aguadamos.
Ali, no Hospital, enquanto aguardava pela chamada, tinha na minha mente o amigo e colega de alguns bons momentos, o senhor António de Oliveira Simões. Recordo que foi neste mesmo hospital o nosso último encontro, mas num outro serviço, foi no Banco de Urgências, é verdade, foi no dia 20 de Novembro do ano de 2014, eu estava nas urgências a fazer uns exames, quando vi entrar uma maca transportada por 2 bombeiros, pareceu-me que senti um cheiro especial que me pareceu familiar, prestei atenção e vi que o homem deitado na maca era o senhor Simões. Após ele ter entrado atraiu a si uma equipe de prestadores de cuidados e logo de seguida, apareceu a sua filha Élia e a sua neta Renata, que ao verem-me ali, perguntaram porque é que eu ali estava, contei-lhes e ao mesmo tempo também lhes perguntei o que tinha acontecido ao senhor Simões e elas informaram-me. No final desse dia, eram cerca das 20 horas, eu tive alta e o senhor Simões estava em observações. Na sala de espera, filha e neta aguardavam com muita ansiedade a evolução do estado de saúde do senhor Pai e Avô. No dia seguinte, logo pela manhã fui para Nespereira, e estando lá, eram cerca de 11 horas, recebi um telefonema, era a minha esposa a dar-me a notícia de que tinha morrido o senhor Simões e deu-me a seguinte ordem: "vem embora porque o funeral é amanhã, às 15 horas". Era o dia 21 de Novembro do ano 2014, e o funeral foi no dia seguinte, 22 de Novembro de 2014.
Eu já o referi noutro espaço, mas não me canso de o repetir, o senhor Simões era um HOMEM de letras maiúsculas, apaixonado pela música e amante da sua terra, amigo dos amigos e também dos indigentes, muitos dos seus amigos estiveram presentes a demonstrar publicamente o quanto e como reconhecem os seus feitos. Recordo o senhor Angelino, principal obreiro na Fanfarra de São Bernardo desde a sua fundação, ele, em seu nome pessoal e em representação daquela Colectividade, rendeu-lhe sentida homenagem, usando palavras tão doces, tão meigas e afáveis, que a Dª. Rosa (esposa do senhor Simões), ali presente, não pôde evitar que algumas pérolas cristalinas lhe escorressem pelo rosto. Aquele texto, disse-me o Angelino, "foi entregue à Direcção da Escola de Música", quanto a mim, é um texto digno de ser preservado e prestável para nos servir de lição.
Num aparte, por reconhecer que também sou um dos beneficiados com os conhecimentos adquiridos na nossa Escola, que sendo Escola de Música, é também escola de formação educacional, aprendi com os mais pequeninos e adquiri a experiência suficiente para reconhecer que, ninguém sobe ao cimo de um pedestal sem ter pisado alguns degraus, e se esses degraus se desmoronarem, atingir o ponto desejado torna-se difícil e pode até ser impossível. O povo diz: "por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher". Conheço vários amantes, amores, uns mais fortes, e outros menos fortes, mas, o amor envolto em música, é, e tem que ser verdadeiramente forte. As mulheres, quantas noites elas se deitam sozinhas e não adormecem, quantas refeições elas deixam arrefecer e perdem o apetite, quantas tardes elas ficam sem companhia para não impedirem que os seus maridos cumpram as obrigações que assumiram, quantas lágrimas lhe banharam o rosto no seu meditar isolado e sofrimento silencioso. Grandes mulheres, sem vós não poderia haver músicos, é só com o vosso aval, com a vossa colaboração, com o vosso amor, com a vossa capacidade de sofrer e perdoar que se pode subir, vós sois os degraus que os homens pisam e o pedestal que os suporta
O Santo de hoje é: Santa Joana d`Are, Virgem
( + Rouen, França, 1431) "A donzela suscitada por Deus para libertar a França dos ingleses, depois de vencer as resistências dos que não queriam reconhecer a sua missão, conseguiu obter vitórias espantosas sobre os invasores e obteve a coroação do Rei Carlos VII em Reims. Sua obre parecia terminada, mas Deus ainda queria dela um sacrifício supremo. Traída e entregue aos ingleses, foi julgada iniquamente e queimada como feiticeira. Mais tarde a Igreja a reabilitou e reconheceu a heroicidade de suas virtudes. Foi beatificada em 1909, pelo Papa São Pio X, e canonizada por Bento XV em 1920".
Oração: - Ó Deus, que nos alegrais com as comemorações de Santa Joana Darc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
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