sexta-feira, 26 de maio de 2017

Etapa 334 - Educação; é mais a que me falta do que a que me sobra!

      Nesta etapa prevejo sofrer alguns tropeções, entrei num beco, do qual não sairei sem ser molestado, mas se conseguir safar-me sem penalizações, mesmo batendo nas barras laterais,  aqui ou ali, se evitar bater de frente, já não é mau. Ontem, ao terminar a etapa, na reportagem, pronunciei a seguinte frase: «a que hoje se convencionou dar o nome de homens». Ali colocado, prossigo no paragrafo seguinte, dizendo:

      A mulher casada, consciente dos seus deveres, e que, como diz o povo, "sabe estender os pés, à medida dos lençóis", que vive a sua vida modesta e apagada, procurando a felicidade apenas no cumprimento dos seus deveres, e também no seu aperfeiçoamento moral e espiritual, que não é escrava da moda, que não bebe uísque, que não precisou exibir o cigarro para se mostrar mulher, que foi capaz de passar perto do "vulcão" sem que as labaredas a atingissem... repara um dia ao acordar, que deixou de ter amigas, que está completamente só.  E porquê? Há na sua atitude alguma coisa censurável que justifique esse afastamento? Não, simplesmente viveu a sua vida, limpa, verdadeira, e tal qual ela é, não procurando deslumbrar ninguém com grandezas ocas e postiças. Bem hajam todas as mulheres portuguesas que não se envergonham de o ser, que procuram cumprir os seus deveres de filhas, esposas e mães, ainda que para isso, precisem de enfrentar uma vida dura e espinhosa, para amanhã, quando os seus filhos vierem a cair a seus pés, cansados e gastos de tanto excesso de civilização, e arrependidos de não terem sabido viver a sua vida, não tenham a censurar-lhes o terem contribuído com o seu exemplo para a sua infelicidade.

      Sabemos que o mundo destrói numa hora o trabalho de meses e anos, e que todos os nossos esforços podem resultar inúteis, mas devemos lutar, lutar sempre para que o amanhã não seja pior do que o hoje. O futuro está no cumprimento das nossas obrigações, no aperfeiçoamento das nossas qualidades  morais e intelectuais, e, se apesar de tudo, nada podermos fazer, poderemos gritar bem alto, com a cabeça erguida, prestando a Deus conta dos nossos actos, confiantes de sermos merecedores da sua absolvição, porque, para as causas da crise generalizada, cultural, moral e também financeira, que nesta segunda década do século XXI tanto nos afecta, nós não contribuímos, não ajudamos, não colaboramos, mas vamos ser parte da solução, porque nos amamos.
      E assim, com o passar do tempo vamos perdendo hábitos, perdemo-nos nas horas, nos dias, nos meses e até nos anos. A pouca e pobre educação que recebemos fomo-la consumindo, e no final é pouco o que nos sobra, resta-nos o quê? apenas saudades! sim é isso; saudades do passado:

                                                    Já desfolhadas as ilusões,
                                                    Pelas rajadas das tempestades;
                                                    Deixam raízes nos corações,
                                                    Raízes feitas só de saudades.

                                                    Lágrimas turbam o nosso olhar,
                                                    Encadeadas ao pensamento;
                                                    Soluça a alma, põe-se a chorar,
                                                    Triste e perdida no desalento.
                                                    Tivesse eu trevo no peito,
                                                    E no coração a raíz;
                                                    Mesmo velhinho e já desfeito,
                                                    Seria um trevo feliz.
                                                    E se eu fosse capaz,
                                                    De cantar e não chorar;
                                                    Que festa faria o meu pai!
                                                    Nos altos Céus a tocar.
                                                    Fosse valsa ou corridinho,
                                                    Ou mesmo um vira da cruz;
                                                    Era a tocar que orava
                                                    Sempre em louvor a Jesus.

      Por hoje é só, amanhã vou até Nespereira, se o tempo o permitir sulfatamos a vinha e colhem-se cerejas, se não for possível, azar nosso. Então até par`á semana.
      O santo de hoje é: São Filipe Neri, Confessor
      ( + Roma, 1595) "Nascido em Florença, foi apostolo de Roma, ali tendo fundado a Congregação dos Padres do Oratório, com o objectivo de fazer o apostolado entra os católicos leigos da Cidade Eterna. Era conhecido o pelo bom humor e pela forma original e vivaz, muito adequada ao público italiano, com que pregava e ensinava. Amigo de vários Papas, nunca quis aceitar a dignidade cardinalícia".
      Oração: - Meu Jesus Cristo, quero a vós servir e não encontro a caminho. Quero fazer o bem e não encontro a caminho. Quero a vós encontrar e não encontro o caminho. Quero a vós amar e não encontro o caminho. Ainda não vos conheço, meu Jesus, porque não vos procuro. Procuro-vos e não vos encontro. Vinda até mim, meu Jesus. Nunca vos amarei, se não me ajudardes, meu Jesus. Cortai as minhas amarras se quiserdes que eu seja vosso. Jesus, sede para mim Jesus. Amém!

                                                  



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