quinta-feira, 18 de maio de 2017

Etapa 323 / 324 / 325 / 326 - Feliz encontro, em Nespereira, no Café Emigrante

      A etapa de hoje vai ser de muito curta extensão, em primeiro lugar porque fui até Nespereira com a principal missão de sulfatar vinha, fazer tratamento a oliveiras e a todas as árvores de fruto, não descuidando as cerejeiras, que, se não tratadas contra a mosca da cereja, não haverá cerejas limpas nem confiança no fruto, que por tão delicioso ser, é um desgosto não o poder saborear com naturalidade 

     Entre estas tarefas, outras há que no local me esperam e que, para serem executadas em tempo oportuno, é preciso estar atento à evolução das plantas e frutos, bem como das previsões do tempo que a Meteorologia nos vai facultando. Estive ali 3 dias, 15, 16 e 17 deste mês,  acompanhado e sob vigilância atenta de meu irmão e minha filha Cândida, que aproveita as folgas que vai tendo para me ajudar e dar apoio.

      Foi visita quase relâmpago mas muito proveitosa e de feliz encontros, um encontro foi mesmo muito especial, três em um, que maravilha! Eu que tinha mil razões para me sentir envergonhado, não tive vergonha nenhuma! Andava eu com meu irmão nas nossas lides quando se aproximou a hora do almoço, a filha chamou, lavamos as mãos e fomos almoçar, seguidamente, perguntou meu irmão; então como é? vamos tomar café?  eu disse-lhe; olhem para mim, eu não vou agora mudar de roupa, e responderam-me; vais assim, e eu que, por muitas vezes ouço a esposa a recomendar-me, "olha como andas" e diz: "não tens vergonha nenhuma", ela tem mesmo razão, pois eu fui tal como estava. Fui e olhem que sorte eu tive! No Café,  encontrei-me com um amigo, um amigo especial, que não precisa da minha amizade, pessoa que, pelas suas valias, no silêncio e na clandestinidade eu o aprecio e admiro. Sou seu amigo e agora, sei que também ele é amigo meu. Em condições normais, eu teria complexo em o interpelar. Mas Ele, aquele Senhor, que estava sentado, acompanhado da sua digníssima esposa e do seu e nosso amigo, Senhor... teve a amabilidade de se levantar da mesa e de se deslocar ao meu encontro para me cumprimentar. Grande Senhor, digo grande Senhor; não por Ele me vir cumprimentar, é um Grande Senhor pelos seus méritos, pelo zelo, amor e dedicação que presta quando desempenha cargos em benefício do seu Município, da sua terra e das nossas gentes, um General de comando para a defesa e protecção de bens e pessoas. Foi no cumprimento desse voluntariado que à distância eu o conheci. Um muito obrigado extensivo à sua digníssima esposa porque sem a boa cooperação dela, o seu serviço não teria a mesma valia.

      Peço-lhe desculpa, concede-ma? obrigado.

      O santo do dia 15 é : Santo Isidoro, o lavrador, Confessor
      ( + Madri, séc. XII) "Era um modesto lavrador e trabalhava como empregado em terras que não lhe pertenciam. Sem se importar com sua pobreza, cumpria rigorosamente os deveres de empregado, conseguindo conciliá-los com a oração e a contemplação continuas, e com actos sublimes de caridade. Atingiu por esse meio exímia santidade. Sua vida é cheia de factos maravilhosos. Foi canonizado em 1622 e é padroeiro da cidade de Madri".

      O santo do dia 16 é: São João Nepomuceno, Mártir
      ( + Praga, 1383) "Natural da Buêmia, foi pregador na Corte de Venceslau IV, em Praga, sendo também confessor da rainha. O rei quis a todo o custo obrigá-lo a revelar o que ouvira da rainha em confissão, e mandou torturá-lo de modo cruel, mas o santo se recusou a violar o segredo sacramental e foi, por isso, lançado ao rio Moldávia, conquistando desse forma a palma do martírio".

      O santo do dia 17 é: São Pascoal Bailão, Confessor
      ( + Valência, Espanha, 1592) "Nascido no Reino de Aragão, era irmão leigo franciscano e se destacou pela humildade, pela obediência e sobretudo pela devoção ao Santíssimo Sacramento, diante do qual permanecia longas horas em adoração. É padroeiro dos Congressos Eucarísticos".

      O santo de hoje, dia 18, é: São Félix de Cantalício, Confessor
      ( + Roma, 1587) "Irmão Leigo capuchinho, vivia pelas ruas de Roma pedindo esmolas para a manutenção de seu convento. A todos os benfeitores, respondia invariavelmente "Deo gratias" (graças a Deus). Foi, por isso apelidado de Frei Deo Gratias".

      Oração: - Deus, nosso Pai, São Félix despojou-se de si mesmo e procurou a simplicidade de vida por amor ao Reino dos Céus. Ensinai-nos a simplicidade, a gratuidade, o amor e o respeito à natureza, o poder de admiração e de encantamento, o poder de partilha e de comunhão. Ensinai-nos o canto, a reza, o silêncio fecundo, a contemplação e o agir transformador. Sejamos testemunhas da alegria cristã que exorciza o nosso mau humor e nos faz rir da nossa ganância sem razão, da nossa pressa que a nada conduz, das tribulações e avarezas de nossos corações. Senhor, fazei-nos rir de nossas próprias contradições, de nosso coração ansioso e descontente, do ridículo em que passamos nossos dias, do vazio que somos e do que construímos fora do vosso plano de amor. Enfim, nos alegremos por não sermos provados, mas porque através das provações descobrimos o significado da nossa fé que é a luz para o nosso ser e agir.


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