sexta-feira, 12 de maio de 2017

Etapa 321 - 6º. excerto de Água da Fonte do Carocho - um Oásis

      Com esta etapa, se me for possível termina-la, que por coincidência acontece ser no dia 13 de Maio de 2017, data em que se completa o primeiro centenário das aparições de Nossa Senhor aos Pastorinhos,( Lúcia, Francisco e Jacinta), em que está  presente o Papa Francisco, que veio a Fátima com a missão especial de canonizar os dois irmãos, (Francisco e Jacinta), os quais, a partir de hoje, todo o mundo católico os pode venerar e possuir nos seus altares. Que eles nos protejam, e, juntos com a Nossa Mãe Maria Santíssima, intercedam por todos nós.

      No seguimento da etapa de ontem, vou concluir este capítulo, acrescentando o seguinte:

      1º.- Toda a gente sabe o que são lendas e, aquele local, o local onde se situa a fonte, o nome Carocho, como se designa e é identificado, é muito antigo, a prová-lo, há o testamento que fez Bartolomeu Afonso Picado em 1651 à Igreja, que, quando foi feita a medição de toda a Quinta, o identifica como fazendo parte do baldio do Carregueiro. Assim, fazendo fé na fonte que tive, bem pode ser que esse conto ou lenda seja credível, que tenha transitado entre familiares e herdeiros, e assim tenha chegado aos nossos tempos. Refiro-me, com se vê, ao Carocho e ao facto, ou ao motivo que lhe deu esse nome.
      Certo dia, em conversa com o senhor Fernando da Silva Tavares Lebre, que no tempo, por herança de familiares, ele era dono e legítimo possuidor, contou-me que em tempos muito remotos, naquele local havia um vinha, na vinha havia uma casa onde morava o caseiro, o ultimo caseiro foi Manuel Polónio, (conhecido por Manel da Vinha), e no decorrer dessas revelações, eu perguntei ao senhor Fernando: e então, porque é que à fonte e ao local lhe chamam Carocho? ele disse-me:
      "Lembro-me que pergunta igual à tua,  também a fiz a familiar meu, e ele disse-me: quando veio a lei que obrigava a libertar os escravos, um lavrador, rendeiro ou possuidor de parcelas desta quinta, tinha um escravo, um homem preto, e aquele lavrador, logo que teve conhecimento da Lei, libertou o homem e, embora lhe desse trabalho e alimentação nos dias que dele precisava, não lhe deu mais a sua casa como estadia habitual.  Esse escravo, libertado do seu amo e senhor, não tinha família nem sítio para onde ir, refugiou-se por ali e por ali vivia, era um homem diferente, tinha medo de quem dele se aproximava e, para não assustar as outras pessoas, escondia para não ser ser visto.
      O caminho para a fonte era circundado por valados, a própria fonte era numa moita, as pessoas que tinham que ir à fonte também tinham medo, muitos lavradores mandavam os criados, ou mesmo os seus filhos à fonte, sabiam que eles iam com medo, para os encorajar, ensinavam-lhes que, para afastar o medo e se proteger, ao sentir ou ao ouvir algo que lhes fosse estranho, dissessem: «suma-se carocho», era uma superstição muito usada nestas redondezas, e ainda o é por algumas pessoas".

      Foi mais ou menos assim o que o Senhor Fernando me contou, não usei gravador, mas, se essas palavras, ou o escravo libertado tiveram ou não influência no nome ao local e à fonte, não sei! mas, ainda agora, se algo nos corre mal e se, sem justificação nos aleijamos, o que é que nos somos capazes de dizer? será só some-te diabo?, se calhar, ainda é coisa pior!

      2º. declaro que me sinto orgulhoso de tantas e boas recordações que tenho, quer das pessoas com quem trabalhei, quer pela obra que juntos realizamos. Olhando para traz,  tudo em  que  colaborei para que nascesse, nasceu! O que ajudei a criar, foi criado, e o que criamos, quase tudo tem vida. Digo quase tudo, porque há uma sombra, é o GREFA - Grupo Recreativo Etnográfico e Folclórico de Aradas), com as limitações que me são conhecidas, trabalhei em equipa, o grupo estava em plena actividade, a politica, em campanha para as autarquias serviu-se dele, e tendo sido tomado de assalto por alguém, por mim indesejado, afastei-me. O grupo estava no auge, mas depressa se tornou moribundo e é assim que ainda está. A Junta, naquele tempo socialista, é a principal culpada.

      Adeus Carocho e adeus Águas do Bom Sabor, já não vou ter tempo nem forças para lutar por vós.

      O santo de hoje é: Nossa Senhora de Fátima
       (1917) "Nesse dia, (13 de Maio de 1917),  realizou-se a primeira das seis aparições da Virgem aos privilegiados videntes Lúcia, Francisco e Jacinta".

      Oração: - Santíssima Virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for para maior gloria de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.  (rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria, 1 Gloria ao Pai

     


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