Etapa nº. 21, a caminho dos 80

          Com Beato Inácio de Azevedo e 39 companheiros mártires, venho nesta etapa dar luz ao que ontem ficou turbo e nublado. Ontem, referi-me ao assassinato do meu avô paterno, e disse que o assassino (Carlota) havia sido condenado ao degredo, e foi, só que, os meus amigos que visualizem, podem interrogar-se de quais as causas, que levou o assassino a cometer aquele crime, eu não existia, (não vi nem testemunhei) mas meu avô Luís, quando eu comecei a tomar consciência e a interrogar, ele me contava, ele me contava a verdade e nunca mentia. Então eu suscito e serei breve.

          Meu avô, Avelino da Fonseca, era, para além de agricultor, um negociante de gado bovino, e bem sucedido, o número de animais na sua corte era sempre variável, comprava e vendia, tinha que estar prevenido quanto à alimentação dos animais. Vivia na Fontela, era pai de uma novena de filhos, entre os quais, 4 raparigas, uma delas era a Emília, era bonita, bem constituída e muito atraente, cativava a atenção de qualquer homem, não admirando pois, que o Carlota se apaixona-se por ela, que a seduzisse e a quisesse possuir, mas a Emília, que sempre o rejeitou, fez que o rapaz pensasse, que a causa da rejeição, fossem os conselhos do pai, à filha, e isso, provocou revolta no rapaz, vontade de se vingar, e de, descarregar sobre o pai da rapariga toda a sua raiva, utilizando para isso, todos os meios possíveis e imagináveis para atingir os fins. Ele trabalhava na quinta da Lagoa, tinham gado, boas pastagens e não lhe faltavam condições de sustento, só para provocação é que ele ia botar o gado daquela quinta, na tapada do meu avô, ou que, ao meu avô estava confiada.

          Como os factos de provocação se iam somando, um dia, vinha ele já do monte, de lá ter ido botar as vacas, ao passar à porta do meu avô, meu avô interpelou-o, e disse-lhe para não pôr o gado naquela tapada, porque precisava das pastagens, mas, o rapaz, que já fazia aquilo para agravar o conflito e se vingar, , desafiou o meu avô para o confronto físico, ao que meu avô aderiu e, logo que o meu avô o abordou, ele, já munido de navalha camuflada e pronta a usar, atingiu o meu avô no peito e fugiu. Meu avô esfaqueado e a perder sangue, perseguiu o rapaz e ia gritando: - agarrem esse ladrão que me matou, (sabia que estava a morrer) e foi morrer já dentro do quinteiro dessa quinta. Disse-me também meu avô Luís, que meu tio Zé, o irmão mais velho do meu pai, ouvindo os gritos veio ao encontro, agarrou o assassino, e foi também esfaqueado numa brilha, e que, se o golpe fosse mais para o lado 2 mil.  tinha morrido pai e filho.

          O Santo do dia de hoje é: Beato Inácio de Azevedo e 39 Companheiros, Mártires.

        Inácio de Azevedo era natural do Porto, Portugal, nascido por volta de 1.526. Aos 22 anos entrou para a Ordem dos Jesuítas, foi vice-provincial de Portugal e reitor do colégio de Braga. Activo e enérgico, São Francisco de Borja, o superior de toda a Ordem, nomeou-o visitador do Brasil, Chegou à Baía em 24 de Agosto de 1566, na incumbência, revestiu-se de grande dinamismo e oportunas medidas de governo. De lá, voltou para Portugal em 24 de Agosto de 1568, para conseguir reforços para o Brasil, reuniu 73 religiosos, e zarparam nas três naus da frota do governador do Brasil. Em Junho de 1570, partiram de Lisboa, o Beato Inácio de Azevedo, acompanhado de 70 sacerdotes e irmãos Jesuítas. Quis a Providência que essa gloriosa corte de apóstolos não chegasse ao Brasil, pois a maior parte deles encontrou o martírio, por mãos de hereges protestantes, no Oceano Atlântico. Em Junho de 1570, na nau Santiago. o padre Inácio e numerosa leva de Jesuíta, viu-se cercado por varias naus de piratas de origem francesa. Após longa luta, os católicos, inferiores em número e em armamento, causaram consideráveis estragos aos atacantes, mas acabou por sucumbir a nau portuguesa. Foram martirizados, por ódio à fé católica, juntamente com o padre Inácio, 39 Jesuítas, sendo 31 portugueses e 8 espanhóis. São venerados como os 40 mártires do Brasil.

Oração: - Todo poderoso e eterno Deus, que no Beato Inácio e seus companheiros, permitis que veneremos numa só solenidade as palmas dos 40 mártires, concedei-nos propício que possamos imitar a invencível constância na fé, desta falange de mártires, cuja glória no céu jubilosos contemplamos, por Cristo Nossa Senhor. Assim seja.