sábado, 2 de julho de 2016

Etapa nº. 5, a caminho dos 80

          No percurso da etapa de hoje, que teve uma extensão de 100 Km, percorridos entre Aveiro e Nespereira, tive a presença luz e guia de São Bernardino Realino, o santo do dia de hoje, 2 de Julho, santo que por ser agraciado com a aparição de Nossa Senhora e do Menino Jesus nos braços, fez ele desiludir-se ainda mais completamente das coisas do mundo, resolvendo consagrar-se completamente a Deus. E assim, e porque o percurso correu tão bem, deu tempo para pensar e refletir. Das minhas reflexões destaco esta, que após ter chegado a Nespereira e ter dado algumas voltas à pista, repleto de satisfação, olhei o horizonte e registei assim aquele momento:
                                                      Nespereira minha
                                                      Paúlos, onde nasci
                                                      Na Granja, agora museu
                                                      É a casa onde eu creci.
          Pois foi ali, na casa daquela quinta, no seio duma família que tinha por chefe o meu avô Luís, aprendi que a fé nunca se deve perder, que há coisas misteriosas para as quais ninguém tem explicações e que só na fé e no acreditar piamente haverá alguma felicidade. E assim, eu, porque tenho fé e porque acredito, vou revelar um segredo, que mais ninguém da minha família saberá, mas,  eu conto:
          Certo dia, já distante no tempo, a minha prima Alice, filha da minha tia Emília, (Emilia do formiga ou Emília do Cardoso, como seria conhecida,) disse-me que a mãe dela lhe tinha contado, que no dia anterior ao meu nascimento, se lembrou do irmão dela, (do Quim Tachim) meu pai e, que lhe deu tão grande saúdade, que não resistiu a ir a casa dele para o ver, mas ele, (irmão dela), não estava em casa, mas, e que, ao chegar, que se deparou com um cenário assustador, que minha mãe estava a preparar a forca para se suicidar, e que, ela, minha tia, desmontou tudo aquilo, que removeu da cabeça de minha mãe essa macabra ideia e, que no dia seguinte, minha mãe deu à luz, eu nasci, e minha mãe viveu até aos 93 anos. Isto, penso eu, é um segredo, que até minha pensaria que era só do conhecimento dela e da sua cunhada Emília.
          A minha análise da fé; - Será que eu tenho fé?, sim, eu quero ter fé, quero sentir que tenho fé, mostrar que tenho fé, e peço: que Deus aumente a minha fé. Nós, perante Deus, somos livres, mas perante os homens e a sociedade é diferente, são os homens que se limitam uns aos outros, mas Deus, da-nos toda a liberdade, somos livres no pensamento, nos actos e nas acções, mas, porque somos pessoas educadas, e bem formadas, temos consciência do bem e do mal e a capacidade de escolher e de tomar as devidas decisões, e, para se tomar uma boa e justa decisão, temos como ajuda, a crença, a fé e a esperança. A crença, porque acreditamos; a fé, porque nos deixamos guiar; e a esperança, porque desejamos sempre o melhor, quer para nós, quer para os outros.
          Ao terminar esta etapa, por falta de equipamento, não vou poder tornar pública a reportagem o que me vai também penalizar em etapas seguintes 

          Com um pedido de desculpas, rezo a São Bernardino Realino a sua oração:
        São Bernardino Realino, que tudo tivestes para ser honrado e laureado pelos homens, mas preferistes, pela graça de nossa Divina Mãe o caminho do sacerdócio, constituindo-vos um exemplo em santidade entre os jesuítas e para todos os que o procuravam para se aconselhar convosco, pedimo-vos, pela vossa intercessão, em especial por todos os jesuítas espalhados pelo mundo inteiro: para que possam, a vosso exemplo e a exemplo do vosso santo fundador Santo Inácio de LoYola, serem santos e santificadores. Por Cristo Nosso Senhor. Amem.






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