quarta-feira, 6 de julho de 2016

Etapa nº. 10, a caminho dos 80

          Iniciada sob a proteção do santo do dia, Santa Maria Goretti, teve meta volante na Palhça para ali assistir à Missa e a funeral de cinzas, do amigo senhor Carlos.

          A familia deste amigo, sua filha Célia, seu genro Carlos e sua neta Cristina, chegados do Canadá, foram portadores das cinzas, para em cerimónia pública, junto de outros familiares e amigos, fazerem o respectivo luto e depositar as cinzas no cemitério da localidade, Palhaça. A cerimónia foi presidida pelo reverendo padre, prior daquela paróquia, com celebração da Eucaristia e Cortejo Fúnebre.
 
        Antes da cerimónia, eu e minha esposa, (tia do Carlos, genro da falecido), apresentamos condolências e, após terminado o ato, no cemitério, combinamos encontro para o próximo dia 9, em nossa casa e, entretanto, com um até sábado, despedimo-nos. Retomada a etapa, no regresso vinha meditando: Aquele homem nasceu na Palhaça, ali se fez cristão, recebeu a confirmação, casou, constituiu família e emigrou para o Canadá em busca de melhores condições de vida, regressou com a esposa quando já lhe faltavam as forças para trabalhar, e alguns anos depois de cá estar, subitamente a esposa morreu, após o que, para não ficar cá sozinho, por mão das suas filhas regressou ao Canadá, e lá foi morrer, acontecendo agora o seu regresso definitivo, Agora, já não há corpo, há cinza, que é pó!, e o espírito?, o espírito, separado que foi de um corpo já sem vida e sem suporte, será que acompanhou as cinzas, esteve presente na missa?, beneficiou das orações? acredito que sim, e que, São Pedro, no exercício das suas funções, o receba no Céu e o conduza à presença do Senhor.

          Nas minhas meditações, tive o pressentimento que a santa do dia, que é a Santa Maria Goretti, menina de 12 anos, pobre e analfabeta, nasceu em 16 de Outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, Itália. Seus pais, Luís e Assunta, criavam sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado, até fixar-se num povoado chamado Ferrieri, onde passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, Ansião de 60 anos de idade, todos trabalhavam na lavoura, enquanto Maria, cuidava da casa e dos irmãos. O Ansião João Sereneli tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com 18 anos. Maria nunca pôde estudar, mas sempre frequentou a Igreja, fez a primeira comunhão e, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai, o filho do João, o Alexandre passara a assediar Maria, era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos, mas ela, tendo recusado todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo e, no dia 5 de Julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu. Foi morta com 14 pounhaladas e antes de expirar, perdoou o agressor.
 
          Oração a Santa Maria Goretti:
          Ó Deus, que pela inocência e fortaleza de Maria Goretti, transformastes o coração do assassino Alexandre, fazei que Santa Maria Goretti atinja os corações de todos aqueles que são tentados pela paixão desordenada da impureza; e pela intercessão da Santa, tenham a força e a graça de vencer a tentação impura. Ó Deus, fazei também que todas as jovens se inspirem no exemplo da pureza e de fortaleza de Santa Maria Goretti. Isto vos pedimos por Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amem

         
 
 

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