terça-feira, 6 de setembro de 2016

Etapa 72, o despertar na enfermaria

      No dia seguinte após a intervenção cirúrgica a que fui submetido,os médicos aconselharam a que não fossem autorizadas visitas, pelo que, e ao que me recordo, foi no dia 18 de Dezembro de 1962, (vou repetindo datas, mês e ano, para que, quem não me acompanhou anteriormente, para saber, não tenha que procurar em textos anteriores), que pela manhã, estava eu na cama do hospital, e a Dª. Rosinha do andava junto de mim com uma máquina. Era uma senhora que eu já conhecia por ser cliente numa casa de móveis onde eu já tinha trabalhado e, imaginando eu quais os exames que ela me estava a fazer, eu disse-lhe que não sentia a perna esquerda, e ela, sem palavras, deu-me um beijo.

      Nesse dia, às horas das visitas, a enfermaria encheu-se de visitantes, uns por amizade, outros por curiosidade e outros ainda num sentimento de solidariedade e de conforto, ali estavam e, entre todos uma pessoa muito especial, a minha esposa, que, na minha presença, nunca deixou transparecer qualquer sinal de desânimo ou de falta de coragem que me pode-se contagiar. Grande mulher e que grande ajuda ela me deu.

      No dia seguinte, quarta-feira, à hora da visita, eu já sabia que estava sem uma perna, os meus ex-patrões, da casa dos móveis, Duarte da Rocha e Mário Nunes da Fonseca, (da firma Duarte da Rocha & Fonseca, Ldª.), também me foram visitar, e eu, rodeado e acarinhado por eles os dois, ouvi deles, por palavras pronunciadas pelo sr. Mário Nunes da Fonseca, que disse: "Olha Zé Maria, tu ficastes em uma perna, mas não te preocupes, não é isso, que vai impedir de que tu possas ganhar e governar a tua vida.  E fica a saber que, quando saíres daqui, tens lugar lá em casa, no nosso escritório, e, enquanto houver pão em minha casa, também não vai faltar na tua".

      Numa próxima, eu poderei retomar o desfiar de memórias, e ficando-me por aqui, digo que as palavras dos Fonsecas são mesmo para levar a sério, as profecias daquele homem, enquanto vivo, cumpriram-se e eu, depois de bem colocado, não me faltaram outras ofertas, que nunca as escutei, nem as levei a sério.

      Santo do dia de hoje é: Santo Eleutério, Abade e Confessor
 
      ( + Roma, séc. VI) "Abade do M;osteiro de São Marcos Evangelista, em Espoleto, com suas orações curou doentes e até ressuscitou um morto. São Gregório Magno, que o conheceu pessoalmente, se refere a ele como, santíssimo velho, e homem de vida venerável.
 
      Oração: Ó pacificador Santo Eleutério, pede ao príncipe da paz que nos traga a paz. Que o povo de Deus possa viver e progredir, na paz que traz alegria e crescimento, material e espiritual.
       Possa eu viver a paz que só Cristo pode dar. Amém.


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