quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Etapa nº. 73, Portugal a arder

      Hoje, logo pela manhã, por vício ou por hábito, a minha primeira prioridade foi escutar notícias, no sentido de me informar  das ocorrências da noite, porque, enquanto uns dormem, enquanto eu durmo), outros trabalham. Atento, a primeira notícia que ouvi, vinda do caixote que tinha à minha frente, foi que, duas aldeias tinham sido evacuadas, e uma, cercada pelo fogo no norte de Portugal, em Várzea, Soajo, no Gerês, onde, diziam, "há cerca de 20 pessoas retidas pelas chamas, à espera para fugirem".
 
      O país, e em especial os povos das aldeias mais desprotegidas não aguentam. Não vale nada as minhas considerações e muito menos o que se me oferece sugerir, não sei quem lucra, nem isso me interessa, mas uma coisa parece ser certa, há por aí muitos incendiários e todo o país é um braseiro. Naquela repartição, onde pelo menos 230 ventoinhas sopram às brasas, e por aí, em qualquer canto, há bocas a projetar fachos de lume, as coisas não mudam e, ano após ano, tudo será cada vez pior.
 
      Todos os anos, os sucessivos governos, dizem coisas bonitas a quem lhes dá ouvidos, anunciam medidas e fazem promessas de que o combate aos fogos é uma prioridade, as medidas, como as anunciam, até parecem boas, e seriam se fossem incrementadas, mas, tudo aquilo que os políticos dizem, e que ninguém vai verificar se foi feito, é comparável ao trabalho dos antigos guarda-livros, que sem dizer, faziam e, suportando esses um trabalho extenuante, fechava-se o livro e nada se via. Os políticos, em momentos de crise ou de conveniência, é-lhes exigido que digam, e dizem o que pensam que é bonito ou conveniente para as suas cores, atacando e denegrindo tudo o que possa vir das cores da oposição.
 
      Considerando-me livre para poder expressar o meu pensamento, vou fazê-lo, escrevendo, agora e aqui, o que pensei, e que é: - Reactivar o serviço militar obrigatório. Sei que não há guerras como noutros tempos e, mal de nós se chegarmos ao ponto de termos que nos defender de exércitos invasores. Mas, isto dos incêndios, é uma guerra interna, é um flagelo e tem que ser combatido, dando luta sem tréguas aos incendiários, o que só o exército, com um período de tempo de militar obrigatório, aquartelados em pontos estratégicos, com acções de formação para prevenção e combate, a luta e o problema poderá ser enfrentado com  eficácia. Tendo em conta que, nos períodos mais críticos, as forças teriam que estar disponíveis e no palco das operações. As chefias, serviços técnicos e competentes, deveriam calendarizar, programar e regulamentar, tudo quanto fosse entendido como necessário e conveniente, a fim de se poder vencer esse terrorismo interno, que destrói vidas, causa fome aos animais que sobrevivem e prejudica a economia nacional em todas as suas vertentes, em especial, no turismo! quem é que gosta de ver terra queimada e de respirar aquele ar doentio. Senhores governantes, encontrem uma solução, não é com sorrisos e falas meigas que alguma coisa se poderá fazer, estudem.

      O santo de hoje é: São Clodoaldo, Confessor
      ( * França, séc. VI) " Conhecido na França como Saint-Cloud, era filho do rei Clodomiro e neto do rei Clóvis e da rainha Santa Clotilde. Abandonou o mundo para servir somente a Deus, na solidão da vida contemplativa. Foi a principio eremita nos arredores de Paris, onde viveu orientado por São Severino. Retirou-se depois para Provença, onde passou alguns anos, e retornou mais tarde para perto de Paris, onde construiu uma Igreja que daria origem à cidade de Saint-Cloud.

      Oração: Não conheço e não encontrei nenhuma que lhe seja recomendada., as minhas desculpas.

   

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