quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Etapa 88, - Um garoto a querer deizar de o ser

      Como já o disse e o declarei em vários apontamentos, fui criado e vivi com meus avós maternos desde o meus 9 meses  até à idade de 14 anos e 292 dias.  Meus avós e todo o seu agregado familiar cuidaram de mim, educaram-me à sua maneira e na salvaguarda do meu futuro. Deram-me muito amor e carinho, pelo que, eu considero certo e adequado o provérbio do povo, quando diz: "ser avô, é ser pai duas vezes".
 
      Também, como já referi em diversos momentos, meus avós eram caseiros dos Amarais, na quinta da Granja, aonde eles, punham e dispunham como se fossem donos. Os Amarais, João de Deus e seu irmão José Maria, (meu padrinho), viviam em Além-Douro, e muito raras vezes vinham a Nespereira, embora, tivessem casa na Granja, onde meu padrinho, (José Maria) em sua casa, tinha como governanta a Ti Lucina. 

      O agregado familiar dos meus avós, eram eles, (o casal), 2 filhos, e 3 filhas, respectivamente; o António, o Joaquim, a Maria, a Ana e a São. Com esse número de 7 elementos se manteve durante longo período de tempo. tendo-se casado a filha mais velha e saído de casa, (a minha mãe) acabei por ser eu a substituí-la. No entretanto, a evolução dos tempos e das pessoas, a comutação teve que acontecer, minha mãe, a mais velha, que nasceu quando meu avô já andava na primeira grande guerra, saltou sedo do ninho. Depois, morreu a Ana, mais tarde, o António arranjou trabalho no Porto e ansiava emigrar para o Brasil, o Joaquim, depois da tropa casou, e a São também casou nova, tendo eles ficado apenas comigo. Em condições assim, não era mesmo possível meus avós continuarem a trabalhar aquela quinta, quinta que era grande e tinha terras muito dispersas, como: os Campinhos, o Ribeiro da Várzea, 2 campos em Fundo de Vila, uma áre grande em Ria-longo, e ainda, diversas tapadas dispersas e distantes.
 
      Meus avós, que até tinham terras próprias, aonde estiveram meus pais e mais tarde o filho Joaquim, resolveram entregar a quinta da Granja e foram para aquilo que era seu. claro que me levaram com eles, porque, na prática, eu até era deles, mas, nesse tempo eu estava a frequentar a escola. A quinta dos meus avós, embora de tamanho reduzido, todos os campos se situavam ali, nos Paúlos, com circulação de uns para os outros, onde havia um só senão, que era a casa de habitação e a abeguaria se situar  na Granja.

      Foi ali, na companhia de meus avós que se foi formando a minha personalidade, foi ali, que eu fui deixando de ser menino e comecei a sentir-me rapaz, e se não o era, já pensava que sim, que era, mas reconheço que estava errado. Meu avô tratava comigo de maneira muito civilizada, sem nunca me sentir obrigado a nada, eu obedecia-lhe a tudo sem nunca me sentir contrariado. Recordo que, no ano de 1951, tinha eu 13 anos, o senhor Nicolau convidou-me para lhe fazer a poda, aceitei o convite, e ele quis ajustei comigo um preço, meu avô achou bem, mas quis ajudar-me. Fizemos os dois aquele trabalho e no fim, foi meu avô a receber o dinheiro, ia dizendo que o dinheiro era meu, mas quem o guardou foi a minha avó, pois era ela quem tinha a chave do cofre. Também nesse ano, já fui eu o homem que manobrou o arado nas lavouras, meu avô, ao escrever para o filho António, que estava no Brasil, contou-lhe e gabou-me de tal modo que, meu tio mandou aos pais mil escudos para me comprar um fato, mas os panos para o fato nunca agradaram à minha avó e também o alfaiate nunca teve tempo para o costurar,  pelo que, o tão desejado fato nunca veio.  (por hoje é tudo, se puder, amanhã eu volto...)
 
      O Santo de hoje é: Santos Maurício e Companheiros, Mártires
      ( + Séc. III) "São Maurício comandava a célebre Legião Tebana, constituída por cristão do Egito. Por volta do ano 286, enquanto reinava Diocleciano, esse divisão estava servindo em território da actual Suíça, quando o comandante supremo, Maximiano, ordenou que todos os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos. Os mambros da Legião Tebena se recusaram e foram todos mortos por amor a  Jesus Cristo".

      Oração do dia a Santos Maurício e Companheiros:
      Ó Deus, Senhor dos Exércitos, transforma-me pela ação do Espírito Santo, pois somente tu tens a força e o poder de converter meu interior e romper as cadeias do egoísmo. Amém.

     

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