quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Etapa nº. 94, breve biografia de Francisco Marto

      Na etapa de ontem referi-me a uma memória que emocionalmente me envolveu quando aluno da primária e da doutrina, e esse ato, em que fui protagonista, proveio das aparições de Nossa Senhora, aos Três Pastorinhos. Hoje, tenho vontade de voltar, mas não sinto capacidade para homiliar sobre tão importante tema, por isso, e em face da minha incapacidade, peço a Nossa Senhora, a Seu Filho Jesus e aos três Pastorinhos, Santos,  perdão para as minhas faltas e permissão para transcrever um valioso texto, escrito por  pessoa que não sei identificar.
      "Francisco Marto nasceu a 11 de Junho de 1908 a Manuel e Olímpia de Jesus Marto e era o irmão mais velho de Jacinta e o primo direito de Lúcia dos Santos. Tinha nova anos na altura das aparições. Durante as aparições do Anjo e da Sagrada Virgem, ele viu tudo, mas, ao contrário de suas duas companheiras, não lhe permitiram ouvir as palavras que lhe foram pronunciadas.  Quando, no transcurso da Primeira Aparição. Lúcia perguntou se Francisco iria para o Céu,Nossa Senhora respondeu: "Sim, ele vai para o Céu, mas terá que recitar o Rosário muitas vezes". Sabendo que seria chamado em pouco tempo ao paraíso, o Francisco mostrou pouco interesse em assistir às classes. Várias vezes, chegando perto da escola, dizia à Lúcia e à Jacinta: "Vão vocês. Eu vou à Igreja a fazer companhia ao Jesus escondido" (uma expressão que se refere ao Santíssimo Sacramento). Muitas testemunhas contemporâneas afirmam terem recebido favores depois de terem pedido a Francisco que rezasse por elas.
"A Virgem Maria e Deus mesmo estão infinitamente tristes. 
Cabe-nos a nós consola-los"
      Em Outubro de 1918, Francisco adoeceu gravemente. Aos membros de sua família que lhe asseguravam que ele iria curar-se da sua doença, ele respondia firmemente: É escusado. Nossa Senhora quer que eu esteja com ela no Céu!" No transcurso da sua doença, continuou a oferecer sacrificios constantes para consolar Jesus ofendido por tantos pecados. "Já falta pouco tempo para ir eu para o Céu", disse à Lúcia um dia. "Lá encima, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora; a Jacinta vai rezar muito pelos pecadores, pelo Santo Padre e por ti. Vais ficar aqui porque Nossa Senhora assim deseja. Escuta, faz tudo o que ela te disser." À medida que a sua doença piorou e quebrou o que era uma saúde robusta, Francisco já não tinha as forças para recitar o Rosário. "Mamã, já não consigo dizer o , "parece que a minha cabeça está nas nuvens..." Ainda quando a força do seu corpo se perdia, a sua mente permanecia atenta à eternidade. Chamando o seu pai, pediu para receber Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento (ainda não tinha recebido a sua Primeira Comunhão nessa altura). Preparando-se para a confissão, pediu a Lúcia e a Jacinta que lhe lembrassem os pecados que ele tinha cometido. Ouvindo algumas travessuras que tinha cometido, o Francisco começou a chora, dizendo, "Já confessei estes pecados, mas vou confessá-los outra vez. Talves seja por causa destes que Jesus está tão triste. Peçam vocês também a Jesus que perdoe todos os meus pecados."

      Segui-se a sua primeira (e também a ultima) Santa Comunhão no quarto pequeno em que ele estava morrendo. Já sem forças para rezar, pediu a Lúcia e a Jacinta que  recitassem o Rosário em voz alta para que pode-se seguir com o seu coração. Dois dias mais tarde, perto do seu fim, exclamou: "Olhe, mãe, olhe, que luz tão linda, ao pé da porta." Perto das 10 horas da noite, a 4 de Abril de 1919, depois de pedir que todas as suas ofensas fossem perdoadas, faleceu com calma, sem nenhum sinal de sofrimento, sem agonia, o seu rosto brilhando com uma luz angélica. Descrevendo a morte de seu primo jovem nas suas Memórias, a Irmã Lúcia escreveu:" Ele voou para o Céu nos braços da Nossa Mãe Celeste."

      O santo de hoje é: São Venceslau, Mártir
      ( + Boémia, 929) Era menino de 13 anos quando herdou o Ducado de Boémia, por morte de seu pai Vradislau. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, mãe de Vratislau, que era católica fervorosa e educou no catolicismo o neto Venceslau; de outro lado, a duquesa Draomira, viuva de Vradislau, regente na menoridade de Venceslau. Sendo pagã fanática e não conseguindo ter influência sobre o jovem duque, manifestava clara preferência pelo filho mais jovem, Boleslau, que também era pagão. Draomira mandou estrangular a sogra e passou a perseguir os católicos, mas não ousou tocar em São Venceslau. Este, impotente, tomou uma atitude prudentemente discreta até que, ao atingir os 18 anos, deu um golpe de força e destituiu a mãe, tomando posse do seu ducado e modificando radicalmente a situação. Favoreceu o catolicismo, chamou de volta os missionários, mandou edificar igrejas, submeteu-se como vassalo do Santo Império. Muito piedoso, fazia questão de preparar pessoalmente, com trigo de suas plantações e uvas de suas videiras, as hóstias e o vinho destinados ao Sacrifício da Missa. Fez um breve mas memorável governo e morreu aos 23 anos, assassinado por Boleslau, que, em conluio com a mãe, o atraíra para uma cilada.

      Oração: - Ó Deus, Pai de bondade, Pai de misericórdia, eu Te louvo, eu Te bendigo, eu Te adoro. A exemplo de São Venceslau, quero encontrar no Evangelho, inspiração constante para minha vida. Quero viver as vem-aventuranças e cumprir com alegria o mandamento do amor. Amém.



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