quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Etapa nº. 46, a caminho dos 80

      Foi em Nespereira que teve inicio esta minha etapa, a distância a percorrer é de aproximadamente 100 km. Saí de Nespereira (Paúlos) às 8,15 horas, pela estrada 225 no sentido Oeste, depois de passar Carvalhais, atingi o alto de Vila Viçosa, extrema do distrito de Viseu com o distrito de Aveiro, e em Vila Viçosa, deixei aquela estrada, e segui uma outra com destino a Arouca, e depois de Arouca, outras com destino a Aveiro. Quando seguia a estrada de Vila Viçosa a Arouca, ao passar a freguesia e lugar de Canelas, via à minha frente, na direcção da estrada que eu havia de percorrer, sinais de grandes incêndios, parei junto de uma carrinha, e perguntei ao seu condutor, se a estrada para Arouca estaria transitável. Aquele senhor disse-me que sim, que já se passava, mas que eu tomasse as devidas providências, porque a qualquer momento poderia encontrar obstáculos. Segui os conselhos daquele condutor, a estrada estava transitável, mas, o panorama era desolador, durante a noite, o fogo que na tarde de ontem, nas proximidades da ponte de Alvarenga, devorava floresta e ameaçava os passadiços do Paiva, subiu encosta acima e, até Arouca, ninguém o susteve.  Quando saí de Canelas, tinha obrigatoriamente que entrar na estrada que liga Alvarenga a Arouca e, todo o percurso que fiz, cerca de 10 km, dum e doutro lado da estrada, o chão cuspia labaredas de lume, à margem da estrada, haviam postos condutores de cabos, (talvez cabos de fibra), que os bocados dos postes caídos no chão ainda ardiam, e os cabos, estavam também retalhados pelo chão.

      O que  vi e o que  à primeira vista se apreciei, dá para entender que o meu país, ou está moribundo, ou isto é para alguns uma actividade económica  muito rentável. Se os bens e equipamentos destruídos e consumidos pelo fogo tem que ser repostos? se por todos os meios de socorro envolvidos alguém suporta os seus custos? e se não os suporta, os factura, as finanças do meu país só podem sair beneficiadas. Parece até que, quem perde são os animais, as aves e os particulares, donos da floresta, porque ficam sem os seus bens, bens que para muitos era a sua sobrevivência. A natureza, essa rejubila ainda mais bonita e as víboras escapam escapam toas ilesas, porque infiltradas nas suas tocas resguardam-se, e quando aparecem mordem. Por hoje é tudo, terminei minha etapa em minha casa , Quinta do Picado, no meu lindo Aveiro, Veneza de Portugal.

      Santo do dia de hoje é: Santa Clara de Assis, Virgem
      (+ 1253) "Pertencia a uma família nobre e tinha grande beleza. Entretanto a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, segui a São Francisco de Assis e fundou o ramo feminino da Ordem franciscana, também conhecidas como Damas Pobres ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza. Certa ocasião, quando seu convento estava sendo invadido por maometanos, enfrentou-os corajosamente, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Sua irmã mais jovem, Santa Inês de Assis, acompanhou-a na vida de desprendimento e renúncia".

      Oração a Santa Clara: Ó querida Santa Clara, que respondestes generosamente ao chamado do Senhor, entregando-te a uma vida de humildade e pobreza, ajuda-me, pela tua intercessão, a descobrir qual é o plano de Deus para a minha existência, alcança-me a coragem de dizer um sim generoso como o teu, como o de Maria, e a felicidade em concretizá-lo todos os dias até ao fim. Amém.

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