quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Etapa nº. 66, consulta de Fiziatria

      Tive consulta no Hospital de Aveiro, no serviço de Fisiatria. O médico especialista, que não me conhecia, deixou transparecer a sua surpresa, ao ver que tinha à sua frente um paciente, sem o membro inferior esquerdo, amputado pela desarticulação da anca. Deu para perceber, e ele confirmou, que é o primeiro caso de, desarticulação da anca, que se lhe apresenta. 

      Foi neste Hospital, que fui socorrido, quando da explosão dos foguetes, no dia 16 de Dezembro do ano de 1962, pelo enfermeiro de serviço, Oliveira e outros que ele chamou para ajudar, e por uma equipe de médicos que me operaram, eram Doutor Leitão, Doutor Adérito e Doutor Barros.  Era domingo, entrei sem sentidos, (diziam que já morto, ao que agora se aplicaria o termo de, em coma) mas lembro-me de, dois dias depois, seriam cerca de 9 horas de terça-feira, ver uma senhora à minha volta com uma máquina de radioxis, era a Dª Rosinha, senhora que eu conhecia, tanto daquele serviço hospitalar, como cliente dos Móveis, e eu disse-lhe que não sentia a perna esquerda, a senhora como resposta, deu-me um beijo. 

      Adiando este dialogo sobre mim para futuras etapas, que não será por gosto ou prazer, mas sim por pensar que será de minha obrigação dar testemunho e ser lição para os descuidados e incautos, voltarei a circular por aqui.

      Então, quanto à consulta no hospital, com o médico especialista fisiatra, ele, que não sabia o motivo porque eu pedi a consulta, perguntou-me o que é que eu pretendia, e eu respondi; pretendo uma prótese nova, esta que uso já tem uns anos e não ficou bem. Informei-o que, de todas as próteses que tive, a primeira foi fabricada no Porto, (por motivos que poderei contar mais tarde), e todas as outras foram fabricadas em Lisboa. É em Lisboa, no Hospital de Santo António dos Capuchos que tenho processo e estou lá distribuído a uma médica, o que corresponde, no serviço Nacional de Saúde, ao médico de família, mas agora, os anos vão pesando, a minha mobilidade vai piorando, ir para Lisboa é longe, e é dispendioso ter que ir lá, para consultas, para provas de adaptação e para assistência. Então, se por cá houver casas que trabalhem nisto em articulação com os Serviços Sociais, como em Lisboa, eu queria ficar por cá. Ele ouviu-me e sobre isto respondeu: Por cá há muito quem trabalhe com amputados, mas em caso como o teu, Zé, não sei se são capazes. 

      O médico abriu o processo o qual, sei que vai enviar para as instâncias competentes e, marcou-me nova consulta, com ele, lá no Hospital, para o dia 27 de Outubro.

      Santo do dia de hoje é: São Raimundo Nonato, Confessor
      ( + Cardona, 1240) "Ingressou, com 24 anos, na Ordem dos Mercedários, destinada ao resgate de cativos. Ofereceu-se voluntariamente para ficar escravo entre os mouros, a fim de permitir a libertação de um católico que estava periclitando na fé. Visava também exercer seu ministério entre os demais pobres cativos e, mais ainda, pregar a Religião Católica aos próprios maometanos. Para impedi-lo de pregar, os mouros lhe furaram os lábios com um ferro quente, e mantinham sua boca fechada com um cadeado. Passou oito meses prisioneiro, sofrendo atrozmente. Depois de libertado, foi nomeado cardeal, em reconhecimento pelos seus méritos. Faleceu com apenas 36 anos. Recebeu o nome de Nonato (do latim non natus, isto é, não nascido) porque sua mãe morreu antes de dá-lo à luz  e ele precisou de ser extraído do corpo já inerte da mãe. É por isso invocado como padroeiro das parturientes e das parteiras".
      Oração: - Glorioso São Raimundo, ninguém melhor que vós saberá compadecer-se das dores e perigos de um parto difícil, pois, cedendo à violência dos sofrimentos, vossa própria mãe perdeu a vida e só por milagre fostes fostes dela extraído. Eia pois, meu santo, já que me encontro neste estado delicado, a vós confiadamente recorro para que eu possa completar com felicidade o número dos meus dias e produzam minha entranhas, livre e sã, a prole que com a bênção divina concebi, a qual, regenerada pelo baptismo, venha com o tempo aumentar o número dos que fielmente servem ao Senhor. Não me desprezeis, glorioso santo, de vós ouvi dizer que a nenhuma deixastes sem amparo nestas circunstâncias, compadecei-vos dos meus lamentos, pois embora me alcance a justa sentença que meu Senhor deu a Eva, dar à luz os filhos com dores e trabalhos, espero, com a vossa poderosa intercessão, obter da benignidade de Deus, pela Santíssima Paixão e morte de Jesus, e no momento oportuno, um parto feliz, para aumento da grei cristã e maior glória de Nosso Senhor Jesus Cristo, a cuja vontade resigno totalmente a minha. Amem.  - (Pai nosso, Avé Maria, Glória).

     
      

     

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